A força da oração

Nesta situação, o André conheceu a força da oração.
Um amigo dele trouxe um senhor que precisava de ajuda.
“Talvez,” assim ele disse, “você possa ajudar este senhor.”
O André perguntou se veio a ele para situações espirituais, porque para coisas materiais ele não podia se entregar.
Evidenciou ser uma situação espiritual e aguardou o que o Alcar lhe transmitiria.
O André tomou o lenço do senhor como “influência” entre as suas mãos e brincou com este por alguns momentos para se afinar.
Sentiu o Alcar do seu lado e o seu líder com certeza saberia para que o homem veio visitá-lo.
De repente, sentiu que o seu braço direito foi puxado para cima.
Isso significava algo e olhou para cima para ver se percebia alguma coisa.
Ambos o olharam e se questionavam o que aconteceria agora.
O Alcar disse que precisava prestar bem atenção, ele ia lhe mostrar algo.
“Veja,” ouviu.
De repente, viu um raio de luz brilhar no lenço e algumas palavras em luz desenhavam nele o que estranhava muito.
Claramente estava ali, diante dele: “Você não pode ir embora!”
O que isso significaria, pensou.
Transmite isso André,” ele ouviu o Alcar dizer.
Porém, primeiro perguntou ao seu amigo, que também magnetizava, se percebeu alguma coisa.
“Não, nada,” foi a sua resposta.
“Escute,” falou se dirigindo ao seu visitante.
Não sei para que veio aqui ter comigo, também não sei se pode fazer alguma coisa com o que lhe contarei, mas digo-lhe que o que direi agora me é dado do Além: Você não pode ir embora.”
O homem estourou em soluços.
Terrível, ele nunca viu um homem de quarenta anos chorar assim.
Estas palavras simples eram duras para ele.
O seu coração estava estraçalhado.
Ele estava quebrado.
O André, até agora, não sabia porque se abalava tanto com estas quatro palavras.
Também o seu amigo estava com lágrimas nos olhos.
Ainda não conseguia falar uma palavra.
Sentiu que a sua visão foi nítida e para o homem significava algo terrível.
Finalmente contou o que estas palavras significavam.
O homem estava casado há anos e ultimamente ele e a sua esposa não se entendiam mais.
Ele conheceu uma outra mulher com quem queria se casar.
Porém, não ousava, porque estava convicto de uma vida eterna e, por isso, queria primeiro consultar uma pessoa confiável, para ajudá-lo na sua situação.
Ele tinha duas filhinhas e se rompesse aquele laço, sabia, que precisaria expiar por isso.
Achou que ficaria feliz com aquela outra mulher e percorreu dentro de si o que queria, mas não ousava fazer.
Porém, não contava com isso, ficou sem chão.
O que deveria fazer agora?
Ainda corriam lágrimas pelo seu rosto.
Ele realmente amava, porém,o André sentia que não significava nada mais do que amor material.
Também este amor logo desmoronaria e então estaria perdido, irreversivelmente.
A sua posição social era tal que, se ouvissem sobre a sua separação, poderia significar a sua demissão.
E depois?
Não havia como prever o fim.
O André disse: “Aconselho-o a escutar esta mensagem.
Ela me é dada do Além, ali deverão viver amigos seus que vigiam sobre você e o protegem da sucumbência.
O meu líder me diz que esta notícia é de alguém que ama muito você, a sua mulher e filhos.”
Isso o acalmou um pouco.
“Veja,” ele disse e entregou uma foto da outra mulher.
Ela não é um amor?”
O André olhou a foto e sondou a mulher e num segundo sabia quem era e o que ela pretendia.
Ouça-me, meu bom homem, contar-lhe-ei como a vejo.
Você está convicto de que possuo um dom, vejo e sinto mais que uma outra pessoa?”
O outro balançou a cabeça e deu a conhecer que era assim, porque há pouco vivenciou isso.
“O senhor é uma pessoa muito sensível que, neste momento, anseia por um pouco de amor.
E quando o homem se encontra numa situação assim, ele não vê mais tão nítido como quando vive numa situação normal.
Você já perdera toda a sua personalidade.
Você se anulou, porque se encontra sob a influência dela e por isso vê só a sua figura.
Porém, também isso é apenas matéria, somente matéria, sem sentimento.
Como ela, poderá encontrar milhões.
O que você procura e quer encontrar, apenas há poucas nesta Terra, porém, o senhor pensa ver nela.
Portanto, o que lhe atrai é a sua figura e por isso não vê nada da sua situação interior, o que, todavia, interessa, e que, entenda-me bem, não vale a pena causar a infelicidade à sua mulher e filhos.
Sente o que quero dizer?
Ela não quer outra coisa além de uma vida boa e bonita e para isso você recebe um pouco de matéria, apenas matéria, e por isso quer deixar a sua mulher e os seus filhos?
Você, com a sua ótima posição pode atrair milhares dessas mulheres.
Mas será este o propósito?
Há certamente mais lindas do que ela, mas interiormente, são todas iguais.
A sua felicidade durará pouco.
Será necessário, será honesto, cuidar da sua felicidade à custa de muita dor e sofrimento de outros?
Você quer a sua felicidade a troco de sofrimento e pesar?
Seja honesto, você quer isso mesmo?
Ela merece tanto?
O seu amor equivale a dor e o sofrimento da sua mulher e dos seus filhos?
Deixando de lado a sua mulher, todavia os seus filhos não pediram isso.
A sua mulher é ruim?”
“Não,” respondeu, “não há o que dizer dela.”
“Então, o que você ia querer?
Porque ela não entende você?
Essa é uma razão para deixar ela e os seus filhos?”
O André sentia que o atingiu na alma e que o seu líder o ajudava.
Continuou arduamente; aqui queria salvar o que fosse possível salvar.
“Se aquela mulher fosse uma pessoa elevada, teria o mandado de volta à sua mulher e os seus filhos e não teria entrado na sua cabeça de afastar-se deles para satisfazer a si mesmo.
Se ela possuísse aquele amor santo, que faz um homem irradiar, ela ter-lhe-ia recusado.
Este amor que, neste momento lhe é oferecido, é material-grosso, sim, é um amor do qual a Humanidade sucumbirá, é egoísmo grosso.
Aquele amor é paixão, somente dor e sofrimento, que destrói centenas, somente veneno às custas de vidas humanas.
É amor, que apenas flameja um pouco, para depois apagar como uma lamparina.
Então, você prossegue na escuridão profunda.
É esse o propósito de Deus?
Isso é ser forte e poder algo?
Isso é a força masculina, é grandeza que uma mulher poderia venerar?
O senhor é capaz de matar?
Isso será o fim dela e dos seus filhos.
Você ousa tirar o amor dos que o amam?
Eles têm culpa da vida deles?
Pediram para vir a este mundo?
Você mesmo não queria isso?
Agora, precisa afastá-los devido aquela mulher?
Oh, homem, pense antes de começar, mas não cometa estupidez.
Aquela que quer tirar você da sua mulher e filhos, não merece possuí-lo.
Se fosse um ser elevado e fosse levada no seu caminho, tudo seria diferente, mas então não era pela sua vontade, porém, pela vontade de Deus.
Então, este amor ser-lhe-ia dado e ela teria chegado a você de outra maneira, que nós homens não conhecemos porque são os caminhos de Deus.”
Agora ouviu o Alcar dizer que precisava parar.
O homem estava totalmente desiludido.
Perguntou ao André se poderia voltar quando um dia precisasse dele.
Apertou-lhe cordialmente a mão e foi embora com o seu amigo.
Quando André estava sozinho, Alcar disse-lhe: “A raiz está profundamente na sua alma e com isso envenenou o mais sagrado.
A sua alma está contaminada pela influência dela e se não se esforçar ao máximo, ele sucumbirá.
Por isso lhe peço, em nome dele que vive neste lado, faça tudo e tente salvá-lo.
Há muitos que o ajudarão com isso e apoiam você nas suas orações.
Todos querem salvá-lo da sua sucumbência, por isso ainda ouvirá dele.
Nós ajudamos, André.”
O André o incluiu na sua oração e dez, vinte vezes por dia emitia a sua oração a Deus para todos eles, para que o salvasse destes Demónios.
Muitas vezes rezava tão intensamente que ficava exausto e sem forças.
Aqueles para quem rezava, nunca estavam fora dos seus pensamentos.
Sempre, sem cessar, lhes mandava os seus pensamentos para apoiá-los desta maneira.
Muitas vezes, então, descia nele uma força, tão intensa, tão linda que sentia que era ajudado.
Quantos já pôde ajudar com a sua oração.
Como era grande a satisfação quando tudo havia terminado e transformado em bem.
Ele rezava, até que resolvesse; não largava antes, embora demorasse anos.
Neste momento rezava a Deus para que os olhos daquele homem pudessem ser abertos.
Pediam-lhe do Além, ele não os dececionaria.
Ele somente podia se livrar por um poder elevado, a sua alma estava sob demasiada influência.
A sua alma estava envenenada e era mais terrível do que a pior doença que conheciam na Terra.
Nisso, espiritualmente ele sucumbiria.
Aquelas pobres crianças não deviam sucumbir e só isso já o fazia querer fazer tudo.
Do mais fundo do seu coração mandava-lhe as suas forças, é como se estivesse nele interiormente e não mais o deixasse livre.
Era uma luta entre o Bem e o Mal.
Quem venceria?
Logo retornaria ao André; veio após alguns dias.
O André viu, quando entrou, que estava longe de ser curado.
Ele mal sentou e as lágrimas já corriam pelo seu rosto.
Realmente, o André pensou, este homem ama.
Pobre filho humano, como a sua dor é profunda.
O que ainda tem valor?
Nenhuma riqueza, nada que pertença à Terra, equivale aquilo para que daria a sua vida se precisasse.
Como era profunda, desumanamente profunda a sua dor.
Ele foi ao encontro daquele que tinha oito anos mais de idade, o André tomou nos seus braços como criança e o deixou chorar.
E quando estava unido com ele, ouviu o Alcar dizer algo que o fez chorar também; isso ele já ouviu antes e então também o tinha apoiado:
“Chore, chore bastante, lhe fará bem; o seu coração transborda disso.
Assim, cada um tem a sua própria luta, cada um tenta encontrar o seu caminho.
Para um aquele caminho é a senda para a escuridão, para o outro a senda que com muitas sinuosidades leva à luz de Deus.
Indiquei a você, meu menino, tantas vezes aquele caminho e agora diga o mesmo a ele que está como um homem desolado nos seus braços.
Diga-lhe que é a vontade de Deus que ele vivencia, mas que ao mesmo tempo, é a vontade de Deus de dar a ele esta vivência.”
A todos digo:
“Homem, você que procura, você que procura o caminho para a luz, você vagueia e erra tantas vezes, porque o seu caminho é de muita sinuosidade na escuridão profunda.
Mas Deus lhes diz para fazer a Sua vontade e então você não pode e não quer ouvir a voz de Deus.
Porém, quando tudo na vida se tornar pesado demais, reze, reze então.
Amor é o mais alto e o mais santo, sim, o mais sagrado, mas não existe amor algum que o destruirá.
Homem, vença as suas paixões.
Deus o abençoará por cada vitória que conseguir sobre você mesmo.
Mas é difícil e, muitas vezes, chega diante de casos, quase invencíveis.
Então, Deus diz: Você precisa, meu filho e você responde, Meu Deus, não posso!
Mas Deus diz implacavelmente que precisa e sente sempre mais a Sua vontade inabalável.
Você precisa, meu filho, assim está bem e você ouve a vontade rigorosa, mas sagrada de Deus, então conseguiu uma vitória sobre si mesmo, embora isso tenha custado do seu sangue na luta amarga.
E, então, Deus coloca suavemente ambas as Suas mãos na sua cabeça e diz; Muito bem, meu filho, Eu estou com você!”
Encare a luta pura e não tente esquivar-se.
Não a sua vontade, mas a vontade de Deus acontecerá, Amém.”
“Diga-lhe, André, isso lhe dará apoio.”
O André lhe contou o que o seu líder contou.
Sentiu aquele amor puro que radiava de tudo.
“Não posso mais, assim ele disse, a minha vida está arruinada e não vale mais nada.
Assim não tenho vida e onde reencontrarei a minha tranquilidade, se assim não pode ser?
Não consigo mais trabalhar!
Aonde isto me leva, como serei libertado e o que é que arde dentro de mim?”
Ele apontou para o lugar onde é o plexo solar, o centro sentimental do homem.
Por amor ardia ali, por amor ele se consumia.
Isso não era paixão, mas um amor maduro, uma fruta repleta de suco sagrado que lhe faria feliz.
Uma fruta de amor que precisava ser colhida por mãos suaves para não sujar a sua pureza, o que significava beleza no espírito.
Estava ali aberta plenamente madura como uma rosa.
Cada lufada fazia-lhe tremer e por esta violência sucumbiria.
Suavemente, por raios de sol acariciantes ela amadureceu e agora vivia na vida plena.
A Terra onde pensava despertar a engolia e pelo vento era levada adiante para o Leste e o Oeste, do Sul ao Norte, até que, como quebrada de corpo e alma, retornava.
Suplicou a Deus para livrar-lhe daquela força estranha.
Nela nunca houve algo assim, ela não pensava que amor podia ser tão grande.
Como era grande o amor Dele que se chamava Deus.
Ela rezava a Deus para lhe livrar daquela tortura.
Veja, isso era trabalho humano.
Ele ouviu atentamente esta visão que André lhe repassou.
E quando se acalmou, o André começava novamente a falar com ele.
Sentia onde podia atingi-lo.
“Olhe para você agora, com todo o seu amor.
Como um homem pode chorar quando sente nele uma felicidade dessa.
Deus lhe deu esta força santa, aquele dom sagrado, o fez despertar e agora você diz: meu Deus, tire de mim, fico louco, não sei mais o que fazer!
Você sabe o que está fazendo?
A vida inteira ansiou por este amor.
Deus mandou no seu caminho uma outra vida que o fizesse despertar e agora, de repente, quer possuir imediatamente este amor.
Como você é ingrato.
Você quer que uma tome o lugar da outra?
Toda a vida é Deus e para Ele é toda por igual?
Por que você quer justamente a outra e não ela com quem dividiu tudo durante todos aqueles anos?
O que ela lhe fez de mal?
É culpa dela não entender você?
Você achou não ter defeitos e acha que Deus lhe deu este dom para usá-lo daquela maneira?
É isso o que você quereria, a sua força, o seu amor?
Sabe em quem você se sintoniza?
No ser mais terrível que anda nesta Terra, naquele que se satisfaz às custas dos outros.
Mais uma vez, você quer a felicidade à custa da dor e sofrimento de outros?
É você um pai carinhoso?
Um animal cuida dos seus filhotes e você atiraria para longe os seus?
Você rasga a vida nova deles e desmancha tudo, apenas pensa no seu próprio amor e esquece o amor a que eles têm direito.
Afastaria de você uma pessoa que assim o deseja, mas ainda não tem condições para tal?
Agora digo-lhe, é a sua obrigação ficar com eles, porque o amam e você lhes deu um lugar neste mundo.
Os que destroem vidas humanas, que se satisfazem rompendo laços de amor, têm que sofrer após esta vida e terão que viver na escuridão.
Imagine a sua situação se fizesse já o que quer e a seguir tambem a conhecerá como eu a vejo.
Então terá nascido um sofrimento tão terrivelmente profundo que o fará ainda mais infeliz.
Mas então, é tarde demais porque já estragara tudo.
Nessa hora você gostaria de arrastar-se de joelhos para consertar tudo, mas será em vão, porque ela que você abandonou preferirá o serviço mais pesado do que aceitar uma esmola sua.
Só quando você sentir e ver que você se enganou a si mesmo, que tudo era por uma vida bonita, por roupas lindas, por prazer, você então terá se afundado ainda mais e não há mais o que salvar.
E tudo isso por matéria apenas!”
“É isso que precisamos ver,” ele deu como resposta.
“É, você pensa assim?
Parece que ainda não está convicto que ela é um ser unicamente material.
Ouça só, você lhe contou que tem filhos, não é assim?
Ela sabe e, todavia, quer que os abandone.
Isso é amor?
Não, egoísmo grosso.
Supõe você, que você se encontra com ela na mesma situação e ela enfrenta um fato igual ao seu e o abandona.
Porque é uma lei: o que você não quer, também não faça a ninguém.
Portanto, resumindo, o que ela deseja de você, está nela e é a sua personalidade.
Você reconhece que é grosseiro querer que você abandone os filhos, não é?
E a sua esposa nunca faria isso.
Agora quem considera mais alto, ela ou a sua mulher?
Homem, o que você tem é bom, embora ela não entenda você por completo, ambos ainda têm que aprender.
Nunca se esqueça que ser nenhum é perfeito neste mundo, você tem tanta culpa quanto ela.
Acho a sua esposa, embora nunca a tenha visto, mais sensível do que você com todo o seu amor.
Você mesmo diz que ela nunca faria isso, e nem pensa nisso.
Uma mulher que pulveriza o amor de criança, que quer lhes tirar o amor de pai, é grosseiramente egoísta, não sente nada além de ser interesseira, calculista e amor próprio.
Acha que vai encontrar a sua felicidade com um ser assim?
Você não julgue que também esta felicidade não será logo apagada.
Pergunto-lhe novamente, será que este amor tem mais peso que o sofrimento dos seus filhos?
Pense no que digo e reflita, é para o seu bem.
Eu poderia me prolongar por horas.
Por isso espero que aceite a vida como ela é, com os seus filhos e com a sua mulher.
Ambos ainda têm que aprender.”
De novo se despediu dele, como uma pessoa transformada.
Todavia, o André sentia que ainda não estava terminado, o veneno havia penetrado demasiado fundo nele.
Ele recebeu coragem e apoio de uma fonte de onde o André tirava todas aquelas forças.
Aquela força era amor verdadeiro e puro.
Rezou com ardor para ele e os seus, até ter a certeza de ter vencido o Mal.
Esta luta era terrível; só pela oração conseguiria salvá-lo daquelas garras terríveis.
Numa noite a sua esposa veio visitá-lo.
Ela não suportava mais e desistiu.
“Não dá para viver com ele,” ela disse, “ele não quer, então será melhor desistir, assim não aguento mais.”
O André viu o seu trabalho evaporar.
Também falou com ela por um bom tempo e lhe mostrou que precisava de tempo e que ainda não havia perdido todas as esperanças.
“Dê-me algumas semanas e você só precisará aguardar e ficar.
Ainda não tinha terminado, porém tenho ajuda do Além.
Deixe tudo comigo, mas você tem que ficar.
Se você for embora é melhor eu parar, pois não terei mais contato com ele.
Pense nos seus filhos e fique com eles até eu dizer que não há mais possibilidades de livrá-lo daquelas mãos.”
“Bem,” foi a sua resposta, “ficarei até que o senhor me diga que não há mais esperanças.”
Graças a Deus ainda sentia tanto amor por ele que ela ficou.
“Não se esqueça,” André seguiu, que ele se encontra sob uma influência terrível que é mortal.
Quem se encontra nesta situação, está perdido, ou precisam vir forças mais elevadas para libertá-lo.
Por um desconhecido você daria as suas forças se conhecesse aquelas forças e fosse pedido a sua ajuda.
Então, porque não por ele?
Lembre-se que ele tem que aprender, já é suficientemente terrível ter que vivenciá-lo.
Arde por dentro dele e se consome.
Tenha compaixão e confie na ajuda espiritual.
Peço-lhe: reze comigo, que Deus possa nos dar a força de salvá-lo da sua sucumbência.”
Também ela, novamente, teve coragem e prometeu rezar com ele.
“Ele é o meu irmão, você se tornou a minha irmã e para a eternidade assim seremos.”
Ela agradeceu cordialmente e com nova coragem e força foi à sua casa e começou uma tarefa nova, rezar pelo seu marido que caiu em outras mãos.
Depois de alguns dias o seu marido retornou ao André.
“Estou sendo atraído para cá,” ele disse.
O André não disse nada, porém, estava feliz que escutava a sua vontade.
Ele vivia pelas suas forças e ele não mais o deixava ir, até estar livre de tudo e salvo.
Já o conquistou pela metade, porque a sua própria vontade estava parcialmente eliminada.
O André atuava cientemente nas pessoas para ajudá-los desta maneira.
Perguntou-lhe como estava passando.
Ele sentia-se mais calmo, mas aquele ardor ainda não havia acabado.
O André esclareceu que ficaria assim eternamente, sim, até aumentaria na proporção do desenvolvimento no espírito.
“O que o senhor diz, isto não some?” perguntou com estranheza.
“Sim, e por que não havia de querer?
É o mais sagrado que uma pessoa pode receber.
Então, não me entendeu depois de tudo o que lhe contei?
Tentar-lhe-ei esclarecer.”
O André sentiu o seu grande líder atuar e falou o que Alcar queria e lhe transmitia.
“Todo ser que vive neste mundo, precisa se desenvolver.
Há milhares de caminhos, porém são todos diferentes.
Cada ser, portanto tem um caminho próprio e todos estes caminhos desembocam no caminho de Deus que, um dia, alcançaremos.
Mas como isso acontece é diferente para cada um.
Porém, numa coisa é em tudo igual, todos nós temos uma lei e isso é aprender a dar amor.
Você sente, aprender a dar.
Nunca damos, mas ainda sempre pedimos, pela simples razão que não possuímos esta sintonização.
Assim vivenciamos diferentes situações que são todas necessárias para despertar no espírito.
Agora, as pessoas que despertam neste mundo, têm mais dificuldade porque, e é isso que interessa, não são entendidos.
Este não compreender custa-lhes força e luta, assim também sofrimento, entenda-me bem, é que às custas da própria felicidade, querem fazer feliz uma outra vida.
A pessoa diz: não recebo nada em troca, mesmo fazendo duma ou doutra forma, não me sentem nem me compreendem; tudo isso é porque a pessoa sensível não é entendida.
Mas, justamente delas tem que partir tudo, por outras palavras, as pessoas precisam dar para amá-las em tudo, com todas as suas faltas.
Elas carregam a força e seja quem for, o homem ou a mulher que possui esta sensibilidade deverá apoiar outros.
Sente o que quero dizer?
Mas o que acontece tantas vezes e também com você: eles querem encontrar aquela outra pessoa e se entregam ao primeiro que encontram e acham que encontraram a verdadeira.
Então pensam que encontrarão felicidade, mas ainda é mais grossa, mais físico, material do que já tinham.
Então se esquecem e tudo que se encontra à sua volta, porque pensam receber daquele a verdadeira felicidade.
Tudo isso significa fraqueza.
É levar nos braços aquela vida e destruir a outra.
Isso é egoísmo grosseiro e unicamente amor próprio.
Devido a estas situações a Humanidade se perde.
Agora a pessoa sentimental que despertar na Terra é uma pessoa agraciada, porque sente amor.
Agora, outras pessoas terão muita dor e sofrimento a carregar, antes de chegar a este estágio de sentimento.
Mas este amor, ao mesmo tempo, é ainda material, porque procuram outras vidas e se entregam a elas e esquecem as suas obrigações.
Veja, isso não é honesto, não é bonito, não é vigoroso, e porque são mais sensíveis, elas são ainda piores do que aquelas que se têm por frias e geladas.
O ser sentimental anseia por calor, mas você pensa que todos os outros não querem sentir calor?
Eles não podem se entregar assim, porque ainda não carregam esta liberdade; também isso é desenvolvimento, porém com certeza eles anseiam.
E porque querem, mas ainda não podem, o ser sentimental terá que ajudá-los dando calor que carregam interiormente, para aquecê-los, porque terão que se entregar por completo.
O seu sentimento é uma sintonização material, portanto você não precisa de se imaginar que é mais do que um outro que não é tão sensível.
Você se encontra numa situação desequilibrada; isso é porque, de repente, você começou a sentir algo diferente do que sentia antes.
Este sentimento repentino o tirou do seu equilíbrio pelo que começara a observar os outros, o que antes não teria feito.
A sua situação por isso é como numa criança, quando a matéria fica para trás do espírito e vive em desarmonia.
Portanto, o despertar é um choque, o que é mais sensibilidade, mas significa mais amor e quando você conseguir se manter, este sentimento se alastrará o que é igual ao vivenciar de toda vida em sintonização espiritual.
Se, portanto me entendeu, este ardor está e continuará em você, sim tornar-se-á mais bonito, porque você continua a desenvolver-se e depois radiará, pelo que iluminará outros.
Isso é seguir o caminho que Cristo nos indica e sempre indicará, o caminho que todos nós temos a percorrer.
Agora você quer dar todo aquele amor a uma única pessoa porque acha receber dela algo em troca, mas isso não é verdade e não é possível, porque ela precisa possuir aquela força; portanto você não receberá nada.
Por isso lhe digo que você e ela são egoístas e possuem só amor próprio e se amam a si próprios.
E agora que do Além é lhe dado a verdade, chora como uma criancinha que não recebe presente.
Você não se acha ridículo?
Agora, ainda outra coisa.
Você quer progredir, porque sabe que a vida é eterna, isso quer dizer, que precisa fazer algo da sua própria vida.
Sabemos que a vida espiritual é amor e que precisa possuí-lo, se quiser poder ser feliz no Além, o que é do seu conhecimento há bastante tempo.
Mas como quer defender tudo isso se sentir que vai contra tudo o que Deus criou e que, por isso, é a Sua vida.
Todavia, isso deve ser a sua sucumbência.
Se amarmos, precisamos amar toda a vida, só então seguimos o caminho que o meu líder sempre me indica, pelo que conhecemos a vida espiritual.
Homens são como crianças; embora atingida a idade de noventa anos, assim diz o meu Alcar, ainda são crianças no espírito.
Agora há pouco lhe disse que muitas pessoas só despertam no Além, portanto, primeiro chegam ali na sintonização e terão que sofrer e aprender o que você vivenciou neste momento, se agir no espírito.
Portanto, agora já está no caminho para atuar sobre si mesmo.
Você atua ainda mais se, neste caso, primeiro pensar na sua mulher e os seus filhos e depois começa a sentir amor por toda a vida.
Depois sempre avançará e, um dia, receberá tudo, mas então é o tempo sagrado de Deus.
Se, um dia chegar a tanto que possa amar todas as pessoas e não lhes tirar aquele amor para levá-lo a outros, se sentir que a vida é Deus, só então estará atuando sobre si mesmo.
Assim, o homem segue a aprender como terá que dar o amor.
Agora, deve estar claro para você que não é tão simples significar algo para outros em amor puro.
Mas, todo o ser precisa aprender, querendo ou não; todo o ser precisa aprender a seguir o caminho espiritual que significa felicidade na vida após a morte.”
Todavia, o homem não se deu como vencido e perguntou: “Ela portanto não possuiria aquele amor?
Eu teria que aguardar?”
André pensou: como é possível, ele não me quer entender, aquela pergunta já me colocara antes.
Todavia ele continuou para esclarecê-lo.
“Então, não sente que uma mulher não pode possuir amor, nem sentir nada portanto nada é, se ela quiser possuir aquele amor à custa de dor e sofrimento de outros?
Você chama isso de amor?
Toda a vez que você veio ter comigo, falei sobre isso.
Então, você não sente que ela não pode ser uma pessoa de nível superior por querer jogar outros na infelicidade?
Asseguro-lhe que mais tarde a verá diferente do que agora, se primeiro você se acalmar e transformar o seu sentimento ardente num desejo suave.”
“Como sabe, você a conhece melhor que eu?
O senhor nem sequer a viu!”
“Isso é suficientemente simples,” o André falou.
“É isso; apenas amar o que carrega vida dentro de si; não sentir antipatia, entregar-se totalmente a todos, seja quem for, então se começa a sentir a vida em amor.
Só por amor consigo sondar a vida, que há por baixo de mim; assim o meu líder me ensinou e, diariamente, vivencio que é o caminho, a maneira, para poder sentir a vida.
O que faço para você, faço para todos; o que sinto por você, sinto por todas as pessoas.
Por isso não preciso ver uma pessoa.
Conheço-a do manuscrito, duma foto, do andar, da cabeça e das mãos, no timbre da voz; em suma, o homem não pode mais se esconder para mim, porque sinto-o até no mais fundo da sua alma.
Faço-me um com ele e sinto como ele se sente.
Aqueles mesmos sentimentos entram em mim e fala por si que então sei como é a sua sintonização sentimental.
Se posso tomar uma doença, eu não poderia ao mesmo tempo absorver a situação sentimental de uma pessoa, se tudo acontece espiritualmente?
Por isso o Homem não é profundo, se você sente a mentalidade do Homem.
O meu líder, como eu disse, me ensinou isso, porém precisei adquirir, o que me custou muito e ainda custa.”
“Pode-se então aprender isso?”
“Sim, naturalmente, por que não?
Adquiri estas forças em cinco anos.
Outros, talvez precisem de cem anos para isso.
É que, você sabe tão bem quanto eu que passam muitas vidas humanas em que o Homem não tenha aprendido nada, estas situações vemos diariamente.
O Homem precisa querer trabalhar a si mesmo, sempre se sintonizar interiormente em situações espirituais, isso é dar amor.
O Homem sempre precisa se anular totalmente e viver para os outros, isso é tudo.
Não é simples?
Porém antes de você começar, já está destruindo uma vida pela outra e, para fazer algo de você mesmo, já vai contra as leis.
Não há outro caminho, é que no Além, por sair do meu corpo material, pude vivenciar que este é o caminho.
Comecei o mais cedo possível, porque como eles quis possuir estas forças e se eu continuar assim, quando eu morrer, espero possuir um pouco de luz e ser feliz na vida após a morte.”
“Esta é a sua força?”
“Certo, agora você começa a me entender.
Muitas pessoas não acreditam que posso sentir pelos outros, exatamente, tanto quanto para mim ou para os que vivem comigo.
Todavia, é assim; conheço “vida” só e Homens não me dizem nada.
A mim já diz tudo o que eles carregam e são interiormente.
Da maneira que aquela vida chegar a mim, sinto e ajo; todavia, amo e sinto-me em comunhão com a vida, tanto que não posso mais viver diferente.
Neste momento luto pela sua felicidade.
A sua felicidade é a minha.
Se eu não conseguir me dar totalmente, não poderei sentir a sua dor, os seus sofrimentos.
Porém, as suas dores são minhas, em suma, tudo é meu, porque vocês todos são meus irmãos.
Isso agora tornou-se a minha posse, não posso mais sentir diferente, nem se eu quisesse.
Se eu posso fazer algo para as pessoas e isso significa felicidade, sinto-me feliz, sinto mais lindo e bonito do que elas sentiriam.
Por isso a sua dor é minha e sinto como você se sente e sei que ela, com quem você julga encontrar a sua felicidade, não é a felicidade e não possui este amor.
Sentir amor fraternal é amar universalmente o que vai e está acima de todo o amor terreno.
Mas não pense que sinto-me acima de você; também eu sou apenas um homem com muitos defeitos.”
“Você disse, agora há pouco que aquele amor está acima de todo o amor.
Como pode, o amor materno não é o mais alto de todo o amor?”
“Ah, você pensa assim?
Mostrar-lhe-ei que decididamente você pensa errado.
Numa tarde eu estava fora com amigos e desfrutávamos do tempo lindo de Verão.
Um irmão dele chegou de visita com a mulher e filho e logo me tornei grande amigo da criança, um rapazinho de três anos.
Brinquei com a criança e desci no espírito nele.
Então me sinto como uma criança e também sou, porque me uni intimamente.
Gosto muito de brincar com crianças; porque adultos, muitas vezes, não me entendem, sinto-me fortemente atraído por elas.
Eu estava tão em união com ele que, quando fui me esconder dele, a criança me puxou por trás dos arbustos, o que um telepata talvez não conseguiria.
O que aconteceu aqui era muito simples, estávamos como um e a criança não podia agir diferente do que eu sentia.
As pessoas, porém sentem a sua personalidade e porque se sentem, também não alcançarão crianças, porque não querem descer do seu pedestal.
Por isso fecham-se para toda a outra vida, assim também para os seus próprios filhos.
Naquela tarde desci no ser espiritual da criança.
Vivenciei aquele sentimento lindo e sagrado, aquele amor infantil puro, que uma mãe mesma não sentirá, porque quer se aproximar da criança a partir da sua sintonização sentimental.
Resume-se a isso, que mais tarde tive que ouvir que hipnotizei a criança.
Imagine, eu levar uma criança sob hipnose!
À noite a criança chamou por mim e, por isso queriam avisar a polícia.
Você não acha isso terrível?
Com isso mostro que a criança sentiu o meu amor, porque eu também fui criança e, todavia, agi com a minha inteligência humana.
Não que posso me ligar só com crianças, mas também com adultos, que posso ajudar tão bem quanto crianças.
Dou-me e em ambas as situações não sinto-me diferente, sou e continuo como sou.
O meu amor pela criança foi sentido pela criança, porém, não pelos pais, eles viram em mim o intruso.
O seu amor materno é a posse do ser.
Não é amor universal, porque também ela ter-me-ia sentido.
Faço leitura dum outro caso mais onde será ainda mais claro.
Num cinema – aconteceu de verdade – estavam juntas centenas de crianças.
De repente, pegou fogo e as mães que ouviram correram para dentro para salvar os seus pequenos.
Porém, muitas pisotearam outros pequenos, para todavia, salvar a sua posse.
Isso é amor universal?
Todas aquelas que pisotearam não era a vida de Deus?
Não, só a sua criança; não olharam para um outro ser.
Felizmente, nem todas eram assim.
Este amor não é grosseiro materialmente?
Pisotearam vidas para salvar aquela que lhe pertencia.
Por que fizeram isso?
Porque era só amor próprio.
Assim eu poderia continuar e esclarecer-lhe através de várias situações que, nós homens, ainda não amamos.
Eu daria a minha vida a todo o ser.
Isso não é merecimento, porque para mim seria uma grande graça poder morrer, porque sei que a vida no Além é mais linda do que aqui na Terra.
Todavia, aqui na Terra é a melhor coisa que poderiam dar.
Mas também pode se ser útil de outra maneira e consigo mais sendo algo para as pessoas e ajudando-as do que se eu desse a minha vida por um único ser.
Justamente no menor ato há a maior força.
Por isso digo-lhe que serei feliz quando puder fazer feliz você e os seus.”
“O senhor é um homem invejável.”
“Sou e asseguro-lhe que, se você seguir o meu conselho, isso lhe trará só felicidade para que mais tarde seja grato a Deus.
Se começar agora, já toma uma atitude e já se pode orgulhar.”
“Você é como o relâmpago, você se balança e voa à minha volta e acerta-me onde bem entender.
Você derruba tudo, tenho que aceitar.”
“Agradeço o seu elogio, mas não me diz nada.
Já lhe disse que também eu sou apenas um homem com um pouquinho de amor e o meu líder diz o mesmo.
Mas quero lhe dizer uma coisa, seja lá o que me diga, com a ajuda do meu líder o desfiarei e destruirei do seu pedestal.”
“Então, o que acha de mim e da minha situação neste momento?”
“Você não quer elogios, pois não tenho para você; mas em algumas palavras posso lhe contar como eu o sinto.
Escute.
Você é um bom homem e não tem mau caráter, mas a única falha é que gosta um pouco demais de você mesmo.”
Ele deu-se por vencido e agradeceu a ele e ao Alcar pela terrível lição.
Ele se sentia a flutuar, todavia estava alegre por sentir algum chão firme debaixo dos seus pés.
“Quero e seguirei o seu caminho.”
Ele estendeu ambas as mãos ao André e as apertou cordialmente.
“Acho lindo, assim você é um homem do qual se podem orgulhar.
Assim, a sua esposa vai gostar muito de você; isso lhe impõe respeito.
Porém, antes tem muito a consertar e precisa tentar reaver a confiança.
Ainda terá que lutar nos primeiros dias, é que ainda não está livre desta influência terrível.”
“Ah, o senhor também sente isso?”
“Sim, naturalmente, ainda não está livre, porém, estamos no caminho certo.”
Agora queria ter um quadro do André, como lembrança duradoura.
O André tinha uma aquarela muito linda, a qual já podia ter sido vendida várias vezes, o que o Alcar não queria.
“Esta fiz para alguém,” disse o seu líder, “deixe-a, mais cedo ou mais tarde será levada.”
Neste momento Alcar disse:
“André, é para ele a aquarela, nela ele vê a sua própria vida.”
Era curioso que os espíritos sabiam de tudo muito antes, é que o André já tinha a peça, há meses, na sua posse.
Como o Alcar era grande, que problema lhe foi revelado desta vez.
O homem estava muito animado.
A peça era um símbolo da sua própria situação.
Ele a levou para a sua esposa, e ambos estavam felizes.
Deu a sua palavra ao André que consertaria tudo.
Se passaram algumas semanas.
O André sentiu que era necessário telefonar e assim o fez.
O Alcar lhe disse que ele havia tido uma recaída; o seu coração sangrava como nunca.
Terrível, o André pensou, como é possível, depois de tudo que recebeu do seu líder.
Da esposa dele ouviu que a situação ainda não estava boa.
Ele lhe disse para ser corajoso mais um pouco e, hoje ou amanhã, telefonaria novamente.
O Alcar lhe disse para se manter preparado.
Ele receberia notícias dele mesmo para ir ter com ele, para fazer um último esforço.
Ainda rezava por ele dia e noite e não iria desistir, e entendeu que o tinha sentido claramente quando deixara a casa dele.
Em silêncio aguardou e manteve-se ligado a ele.
Rezou intensamente pela sua felicidade.
Muitas vezes ajoelhava-se e pedia força a Deus, tão intensamente que sentia perder todas as suas forças corporais.
Cansado, muito cansado de rezar ele então se arrastava, penetrava através de tudo, cercava-se de força em que nenhum Demónio penetraria.
Ele precisava vencer, de qualquer maneira.
À noite, quando de repente acordava, via os pobres pequenos diante dele e mandava-lhes os seus pensamentos para rezarem pelo seu pai.
Mais tarde ouviu que, inconscientes de tudo, rezaram pelo seu pai.
Como eram fortes os pensamentos, nitidamente focados no homem.
Ainda demorou uma semana inteira até ele poder telefonar e quando marcou com a mulher para vir à noite, ela estava feliz.
Tinham se tornado irmãos.
O André se preparou para visitá-los à noite.
Jogaria tudo o que havia nele.
Sentia que o homem o evitava e entendeu que ainda deveria ter ligação.
Como foi atingido profundamente.
Que veneno entrou na sua alma!
Isso, ele sentiu claramente, era o fim.
Era sim ou não.
Ele não poderia dar mais, ele daria todas as suas forças, depois não haveria mais forças para continuar a ajudá-lo.
Essa seria a última.
Então que cai no abismo, é que ele não queria diferente.
Mas aconteceria isso?
O que faço agora, pensou.
Se eu vou pensar deste jeito me dou por vencido e o mal vencerá.
Não, isso nunca, ele mataria tudo nele senão estaria perdido.
O seu amor, que sentia pela outra mulher, devia ser destruído, senão continuaria desejando e eles não teriam vida.
Seria para eles um Inferno e isso não pode.
Mas, ao mesmo tempo, entendia que um poder mais elevado deveria ajudá-lo.
Para uma pessoa terrena era impossível conseguir isso.
Só Deus poderia ajudá-lo.
Então, todas as suas orações foram em vão?
Todo o seu trabalho de meses seria destruído?
O Alcar contou-lhe já que muitos ajudariam com as suas orações.
Mas também agora sentia que estaria bem, é que tudo o que poderia ajudá-lo teria sido feito.
Todavia, ficou com medo dele mesmo.
Como tiraria este amor dele, se ele mesmo não queria?
Rezarei, pensou, como nunca e manter-me-ei firme até o fim, então à noite veremos.
No seu cantinho, ali, onde sempre rezava a Deus, para protegê-lo de influências más, para que sempre pudesse fazer o seu trabalho, para servir ao Alcar e aos seus, ali se ajoelhou e durante sua súplica se colocou dentro dele e sentiu como ainda a sua alma estava contaminada.
Estava aberto diante dele como um livro, o André sabia que novamente havia ligação.
Ele deu-me a sua palavra de honra; não se podia contar com palavras de honra!
Fraco, achava-o muito fraco, um homem para quem não poderiam sentir respeito.
Nesse momento estava em união com ele, mesmo se viajasse para uma outra parte do mundo.
Decidido, depois da sua oração intensa para fazer tudo por ele, ouviu o seu líder dizer: “Dê tudo, meu menino, ele merece.”
O André tremia e vibrava de comoção: vivenciava-se tão poucas vezes tanto amor por um homem!
Perto das sete horas, numa noite tempestuosa foi ter com ele.
O vento assobiava, a chuva batia no seu rosto, a natureza estava rebelde.
Fez-lhe bem, a natureza lhe contava sobre a força e a violência, pelo que o seu coração começou a bater mais forte.
O Alcar andava do seu lado.
Estavam em união, tornou-os assim com os anos.
Com a sua ajuda poderia mover montanhas.
Nenhuma palavra era falada, estavam ligados espiritualmente.
O Alcar o fez sentir tudo e através de chuva e vento, sentia e via a força do seu líder.
O Alcar radiava uma luz forte, o que incentivou o André a dar tudo ao homem.
Logo estava com eles e foi recebido extremamente bem.
Quando apertou a sua mão, André já tomou a sua situação interior e sabia que teria que começar tudo desde o início.
Os primeiros momentos eram sufocantes, quase não dava para suportar.
Oh, se esta mulher precisasse continuar a viver neste Inferno, em pouco tempo se consumiria de tristeza.
Como tudo ia contra aquilo que significava amor puro.
Porque ele amava, amargava a vida dela e estava ali sentado como um pedaço de pau.
Ele queria agarrá-lo e gritar: “Você não vê, homem, que cada minuto que passa é importante?
Não sente que aqui está sufocante?”
Isso quase lhe tirava o fôlego.
Tudo que estava à sua volta estava frio e a sua luz vital turvada.
Um homem que amava, deixava uma outra vida sucumbir de frio.
Amor era radiação de calor, aqui era igual ao Pólo Norte.
Era ridículo, triste e lamentável.
Era só egoísmo, ele roubava a felicidade dela e das suas crianças.
O André seguia o seu raciocínio.
Como fogo lançava os seus pensamentos dele ao ser que contaminou o seu interior e o seu sentimento.
Como era possível, depois de tudo que falou com ele?
Quantas horas se tinha ocupado com ele?
Então, foi tudo em vão?
Foi um trabalho perdido?
Com o que realmente ele estava se metendo; claramente sentiu que preferia não vê-lo.
Por que ele meteu-se nas suas vidas?
De repente, sentia-se como um perturbador da tranquilidade e um sentimento muito curioso correu dentro dele.
Era o sentimento de ser aquele que não era desejado.
Chorava dentro dele, doía-lhe, algo assim não esperava.
Lá estava ele; com todo o seu empenho não tinha alcançado nada.
De onde vinha, dele?
Dela?
Ele a sondava, não, ela estava aberta e amor radiava ao seu encontro.
Era ele, ele queria que fechasse a boca sobre tudo e não se metesse nos seus assuntos.
Novamente o sondava e sentia que há pouco teve ligação com ela o que, mais tarde, se confirmou como verdade.
Como era possível; aqui não podia ajudar, porque ele não queria colaborar.
Não era surpresa nenhuma que também ela se conformava.
Era agora que o André ia perder?
O Mal era mais forte que o Bem?
Rezou tanto tempo para isso?
As suas orações não eram ouvidas?
Então, o que ainda tinha valor?
Suplicou ajuda ao seu líder que lhe disse para ficar calmo e tranquilo.
“Veja à sua volta André,” ouviu Alcar dizer.
Ele viu nuvens escuras cobrir o corpo do homem e teve compaixão por ele.
Estava no poder do Mal.
A que profundidade iriam atirar ele na escuridão?
Pobre, pobre homem, que terrível estar sob estas influências.
Eram instigadas por quem?
Pelo próprio Demónio?
Alguns minutos depois ouviu o Alcar dizer: “Ataque o homem nesta situação, nós ajudá-lo-emos.”
O homem ainda estava sentado encolhido como um pedaço de tronco e agia como se ele e a sua mulher não estivessem ali.
O André se preparou para começar a sua luta com ele.
Se sentisse algo por ele, agora deveria dar lhes provas.
Dentro de cinco minutos ele estaria na rua, ou ele diria que não tivesse fim.
Por isso perguntou diretamente: “Se prefere que eu vá embora, é só mandar e que eu desapareço.”
Ele se assustou muito.
A sua mulher ajudou e disse: “André tem razão, você se senta ali como se não tivesse mais ninguém; o que se está passando, homem?”
Lágrimas corriam sobre o seu rosto.
André continuou: “Então, responda-me.
Preciso ir embora?”
“Como chegou a isso,” ele respondeu.
“Que nada.”
“Quer que lhe diga uma vez,” continuou o André, “ o que não faz sentido?
Que você, na sua própria casa, faz da vida um Inferno para a sua mulher e os filhos.
Isso é coisa que se faça?
Você esquece que tem deveres.
Você é um pai?
Acha que você merece estar bem neste mundo?
Você esquece que milhares não têm o que comer?
Que não têm cama para dormir?
Não têm casa para se proteger da chuva e do frio?
Você sabe o que é o seu mal?
Você está bem demais.
Deus deveria fazê-lo passar fome por um tempo.
Você precisava mas conhecer miséria e mal-estar, então, mais tarde não procurará mais por isso.
Siga-me no meu caminho, então verá que existem situações terríveis.
O que você ainda possui agora você quer desperdiçar.
Não entende então que posse terrena também significa felicidade?
Tudo que construiu nestes anos todos, tem que ser destruído só porque ama uma outra?
Você sabe que, quando têm conhecimento disto, significará a sua demissão.
O que será dos seus filhos, para não falar da sua própria miséria?
Mais uma vez, peço-lhe para pensar antes que seja tarde.
Pense uma vez nos anos que já passaram.
Como era difícil alcançar onde você está nesta altura.
Quando você receberá novamente?
Nunca, digo-lhe.
Será que é preciso ficar totalmente destruído?
O que sobrará de tudo?
Lute pela sua felicidade, mas não desta maneira.
Assim sucumbirá.
Quer destruir mesmo tudo, então ata fogo, mas não os torture até sangrar.
Pare com isso, homem, de procurar ligação com ela.
Pare, você sucumbirá.
A sua infelicidade está diante da porta.
É só abrir a porta e a sua casa se enche de miséria e, dentro de um ano, você será um homem perdido.
No seu escritório não precisarão mais de você.”
Não pronunciou alguma palavra contra, deixou passar tudo sobre si.
André continuou fervorosamente.
Ele sentia que precisava mostrar a sua posse, a posse de toda a matéria, e ao lado disso também o contraste forte, a miséria profunda, com isso chegar-se-ia a arrepender.
“Sente o que quer dizer ser rico na Terra?
Não dá valor à sua posse?
Não sente mais o que era?
Sempre conheceu esta riqueza?
Vá comigo aos lares onde o pai e os filhos estão desempregados, para outros que querem e não podem trabalhar; ainda outros ficam loucos de tristeza, porque perderam os seus entes queridos.
Porém, aqui há tudo, só felicidade, mas aqui o dono da casa procura tristeza, dor e sofrimento.
Não é terrível?
O que, às vezes, outros recebem por calamidade e por isso sucumbem, você procura de livre vontade.
O que muitos não dariam para possuir o que você tem.
Ah homem, como você rebenta com tudo, destrói tanto, continuando a agir assim.
Para que quer destruir tudo isso?
Por um pouco de amor material que se pode obter de muitos e do qual o mundo sucumbirá.
Por isso quer deixar a sua mulher e os seus filhos passar fome?
É este o propósito?
Mais uma vez, faça o que você mesmo quer, porém eu lhe profetizo a sua sucumbência.
Da maneira que lhe dei aquelas quatro palavras naquela primeira manhã, deveras também vejo neste momento a sua sucumbência.”
Com isso a sua mulher o olhou e o André reparou que ele não lhe tinha contado nada disso.
Sempre continuava argumentando.
Ele o levou pela Terra, fê-lo sentir riqueza e pobreza e então regressou à sua própria situação.
Montanhas e vales da sociedade passavam diante dos seus olhos, comparou tudo com a sua própria posse.
Mostrou-lhe amor, material e material-grosso, até na sintonização animalesca, assim que tremia interiormente, porque desta maneira foi lhe mostrado a sua sucumbência.
Durante o seu pleito ouviu o Alcar dizer para continuar dessa maneira.
Nisso ele era alcançável.
Novamente recomeçou.
Já estava falando com ele há duas horas seguidas; quase não conseguia mais respirar pela força que nisso colocava.
De repente, o homem levantou-se da cadeira e lhe apertou as mãos.
Inesperadamente começou a degelar dentro dele.
O mal estava quase vencido.
Porém, imediatamente André continuou, ainda não estava satisfeito.
Interiormente precisava se entregar totalmente, ele queria ver lágrimas, tristeza profunda, uma súplica por perdão.
Isso ele desejava conseguir.
Neste momento continuou em espírito, sobre o que já falou tanto com ele.
Novamente o fez sentir o que este amor significava.
Levou-o muito alto e o levou de volta como o Alcar lhe ensinara.
O ligou com montanhas e vales, planetas e estrelas, para então levá-lo novamente à Terra e mostrar-lhe a sua situação e sintonização.
O André suplicou a Deus para ajudá-lo, porque sentiu que venceria o Mal.
Interiormente estava descongelado.
Finalmente estourou em soluços violentos e ambos se aproximaram nele e se ajoelharam como crianças.
À esquerda a sua mulher e à direita ele que agora venceu.
Carinhosamente abraçou-os.
Lágrimas corriam sobre o seu rosto, amor corria dentro dos seus corações.
Era um momento grandioso e santo.
André sentiu uma influência soberba que lhe fortificava e pelo que entendeu que poderia mover montanhas.
Deus estava com ele, através da Sua força sagrada o salvaria.
Pela vontade de Deus receberiam a sua felicidade de volta.
Ambos eram mais velhos que ele, porém, nesse momento sentia-se mil anos mais velho.
De repente, ele se libertou e deixou-os sozinhos de joelhos.
Num relance veio a ele o que neste momento poderia alcançar.
Novamente passou para uma outra sintonização e andou pela sala às voltas, enquanto isso, falando o que observava à volta deles.
Com isso o olharam e não eram mais eles mesmos.
Os seus corações estavam como um só, as suas mãos unidas.
Ele foi até eles, juntou as suas mãos e os fez repetir algumas palavras e que também ele ouviu pronunciar.
“Escute,” André ouvia.
“Escute,” falou para eles, “o que falarei a ambos e terei a pedir e o que vocês obedecerão,”
Ele curvou as suas cabeças uma para a outra e repetiu o que uma voz sonora lhe disse do espírito:
“Pai, grande Pai, pedimos o Seu apoio para nos conduzir e proteger.
Pai, dê-me a força para vigiar sobre a minha mulher e filhos, livre-me daqueles maus poderes.
Quero, Pai, quero tanto.
Quero, quero, Amém.”
Literalmente, claro e suave, assim que todo o sentimento estava nas suas palavras, repetiam o que ele dizia e o que vinha do espírito.
Eles não aguentavam mais, ambos estavam quebrados.
A sua alma estava aberta, como nunca tinha sido aberta e todo este amor correu para dentro para exterminar o último restinho de veneno que ainda estava nele.
“Esta noite, aqui aconteceu algo lindo e ai se um de vocês manchar esta felicidade na sua vida a seguir.
Deus está com você e connosco.”
Falou ainda por um bom tempo, mas sobre aquilo que viria.
Só aguardava-lhes felicidade, uma vida nova começaria.
Sobre aquela felicidade ele falou, fez-lhes sentir o calor disso até que começaram a chorar muito alto.
Todas as forças foram usadas, não conseguiam mais.
Exaustos, mas agora de felicidade, se sentaram nas cadeiras.
Ambos sentiram-se rejuvenescidos, como se fossem crianças.
O André estava feliz com a felicidade deles; aqui retornou a paz e o Mal foi vencido.
Deus ouviu as suas preces que durante alguns meses foram emitidas em simplicidade e amor.
Ele se enriqueceu com mais uma irmã e um irmão.
Um milagre aconteceu, mas milagre ainda maior aconteceria.
Não se sentia nem cansado; desta maneira poderia ter falado dez horas.
Era tudo espantoso.
Durante a sua fala viu lindas imagens, viu o seu líder querido que repassava as palavras, viu muitas outras inteligências que eram espectadores invisíveis da luta de uma pessoa para a felicidade de outra.
Já eram uma hora e meia, agora tem que ir para casa; como passou esta noite?
Quatro horas e meia falou a fio, num tempo intenso.
Era difícil precisar se separar deles.
Agora sentia o amor fraternal e entendeu que este estava mais alto do que o amor maternal.
Na porta quando queria se despedir, ouviu o Alcar dizer estas lindas palavras: “Amor é o maior bem dado ao homem, amor é o que faz viver, tremer de emoção.
Amor é tudo, amor é Deus, faz de pobres ricos.
Sem amor o que seria o destino, iria parecer com nada.
Espírito de amor, conduza-nos adiante, nos inunde com o seu Ser, então, aguardamos também, sem perturbação, o final sem temer.
E seja a vida curta ou longa, o amor Divino não amedronta nenhum morrer.
Amor é o mais sagrado, sim o mais santíssimo.”
Ambos ouviram-no com toda a atenção e rápido André escapou deles enquanto estavam com as suas cabeças curvadas.
Era demais para os seus corações.
Em casa o André ajoelhou-se no lugar onde, aquela tarde, rezou tão intensamente, e agora também rezou por muito tempo e agradeceu a Deus por esta graça que pôde ajudá-los.
Ele sentiu o Alcar ao seu lado, ambos rezaram e agora o André sentiu chegar o tempo de soltar-se dele.
Mas, interiormente ele ficaria eternamente neles.
Porém, agora era necessário que também ele pudesse respirar livre.
Cansado, mas feliz por ter conseguido vencer os demónios, caiu num sono profundo e sonhou com a felicidade deles.
Ele ainda via-os como duas criancinhas, brincando e rindo, transas de flores nas cabeças; somente felicidade, amor e felicidade.
Numa situação de felicidade igual despertou.
De manhã, já chegaram flores, no cartãozinho constava: “Da sua irmã e do seu irmão, os seus filhos gratos.
Para Alcar e para o André.”
André chorou, deixou correr as lágrimas à vontade.
Ele não se envergonhava disso, eram lágrimas de felicidade.
Quem não precisaria chorar de felicidade, por tanto amor, tanta felicidade dada a outros?
Os que pensam precisar estragar toda esta beleza, porque ainda não sentem, precisam fazer, um dia, também os seus corações descongelarão e sentirão a grandeza de tudo isso.
O André colocou as flores diante do seu líder; para ele a quem agradecia tudo.
De manhã telefonou para eles.
Aconteceu um milagre.
O homem tinha acordado e não fazia outra coisa que chorar.
Nele havia um sentimento, tão intensamente lindo, tão sagrado, que ele não encontrava palavras.
A sua mulher pensou que recomeçaria tudo, mas quando contou que nela via algo, sentia algo, o que nunca sentiu, quando ajoelhou diante dela e suplicou muito tempo por perdão, quando o seu coração chorou de felicidade, então, também ela entendeu que tinha acontecido um milagre, algo que não conseguiam sentir.
Ele foi ao seu escritório, mas precisou retornar, porque ali não aguentava estar.
Ele era impelido para casa.
Sentia-se como renascido, ele entrara no “liberto”, sentia o silêncio dos espíritos, havia nele um sol que irradiava a sua mulher e os filhos e também a casa toda.
Todo o amor que sentiu por aquela outra regressara à sua própria mulher.
Nela ele via algo lindo, algo santo que o comovia, que nunca tinha estado lá.
Nele aconteceu uma reviravolta enorme.
Para ele eram enigmas; ele lhe disse: “O que será que o André fez comigo?
O que depositou em mim, o que é que sinto neste momento, o que me carrega e me faz feliz?
Ele me enfeitiçou!”
O André conhecia este feitiço e sabia o que era; era só amor santo; nele entrou a paz.
Sentia-se como um renascido; a vida nova lhe sorria.
Ele os mandou viajar e disse: “Vamos ao Sul; testem o seu sentimento interior ao calor do sul e quando retornarem digam-me o que é mais quente e o que deixou vocês mais felizes.”
Como renascidos foram viajar; estavam novamente ligados, começariam uma vida nova.
 
“H. e B., para ambos mais algumas palavras a partir deste local.
O Alcar quis que eu registrasse isso, é que muitas pessoas deveriam ter conhecimento.
Pensei muito sobre isso e conclui satisfazer o desejo de Alcar e repassar tudo em verdade.
Vocês vêem, queridos irmãos, nada se perdeu das nossas conversas.
O Alcar gravou um filme espiritual onde está registrada a sua vida e fê-lo desenrolar.
Ninguém perturbará a sua felicidade.
Ao contrário, virão a vocês, sentimentos de conviver dos que lêem sobre a sua luta e isso só lhes trará felicidade.
Vivam, crianças, e pensem muito nestas horas quando, por vezes, houver nuvens sombrias que escureçam a luz, e deixe que isso os instigue a vigiar a sua felicidade.
Mais uma vez, o Alcar assim o quis.
Isso mostrará à Humanidade o que pode fazer uma oração pura, quando emitida em amor.
Só em amor o Homem faz milagres.
 
Felicidades a ambos.
O seu André.”