Às Esferas de Luz; arte espiritual, esfera animal, primeira, segunda e terceira esfera , mentalidades cósmicas

“Vê, André, as esferas de luz nos aguardam; a sua segunda viagem às regiões escuras chegou ao fim.
Estivemos ali em baixo tempo suficiente.
Com certeza não preciso lhe esclarecer que tipo de seres vivem ali.
Liguei-me a eles, enquanto os mestres se manifestavam, para procurar saber quem foi ele e que idade já tem.
Também na Terra ele vivia numa situação dessa, mas voltei atrás milhares de anos.
O seu poder é grande, imensa a profundeza em que se encontra.
Ao mesmo tempo deve ser claro para você, porque me mostrei numa outra sintonização a você, antes que pudéssemos descer.
Neste momento pode respirar novamente, pelo que tanto ansiou.”
Como Alcar era bom, como era grande a sua força psíquica, de poder mostrar tudo isso.
Todavia, era a verdade; estava feliz que deixaram as Esferas Escuras para trás.
Nele entrava vida nova; abaixo dele via a Terra mudar e o céu se tornar mais claro.
O que ele já não vivenciou nesta viagem e o que ainda viria?
Era tudo sabedoria, mesmo sendo tão terrível ali em baixo.
Todavia, preferia ficar com os que viviam nas esferas mais altas.
Ali, tudo era celestial.
Como era de nível animal a radiação lá em baixo.
Não queria pensar mais naquele cheiro.
O que um ser mais elevado carregava interiormente, sentia-se e via-se em volta do ser e também alastrava um cheiro desconhecido.
Mas como era terrível onde viviam os mestres.
Os seres animalescos emitiam este cheiro; era a sua posse, a sua sintonização.
Quanto mais alta a sintonização que o Homem possuía, mais bonito tornava dentro dele e à sua volta.
Agora tudo estava claro para o André.
E, nesse momento ia em direção da luz; o calor o aguardava.
Ele pensava na sua criança falecida.
Seria possível que nesta viagem pudesse visitá-la?
O Alcar iria para lá?
Ah, se fosse verdade, mas não se atrevia a pedir ao seu líder.
Quando, na viagem anterior, visitou as esferas, não podia suspeitar que tão logo viveria ali uma criança dele.
Era a Esfera Infantil que pôde visitar com o Alcar.
Agora ele estava nesta vida onde também ela se encontrava.
A Esfera Infantil era linda e também tudo que já pôde observar.
Não se atrevia a pensar nisso, seria demais para ele.
Já passara um ano.
Chegou morta ao mundo, o que ele já sentia sete meses antes.
Travou uma luta tremenda interiormente, porque não queria aceitar, mas teve que se entregar.
Aconteceu tudo como o Alcar lhe fez sentir.
Ah, se pudesse visitar a sua criança.
Quando ele retornasse dessa saída do corpo à Terra e pudesse levar a mensagem à sua mulher de que ele pôde ver e falar com a sua criança, seria maravilhoso.
Todavia, já viu a criança quando tinha passado apenas quatro meses.
Mas ele não pôde aproximar-se muito dela; pôde vê-la de longe.
Ele não podia perturbar a sua tranquilidade espiritual.
Foi impressionante o que pôde ver.
Centenas de criancinhas estavam ali – todos anjinhos.
Estavam envolvidas numa névoa azul e pôde distinguir nitidamente os corpinhos espirituais.
Num grande edifício, levantado de mármore, branco como neve, os pequenos viviam, cuidados por espíritos de amor, anjos que sentiam o amor maternal puro.
O Alcar lhe mostrara a sua filha, mas ele sentia também já a alguma distância que era ela; um laço de amor o puxava para ela.
Todavia, precisou ficar a dez metros de distância; não podia se aproximar mais.
Mas como ficou feliz de ver que a sua criança vivia e crescia.
Também não podia permanecer muito tempo na Esfera Infantil; logo voltaram à Terra.
Conseguiu se lembrar do momento da separação quando a levou ao seu último lugar de descanso.
A diferença da separação ali e nas esferas era indizivelmente grande.
Na Terra foi mais fácil para ele do que quando pôde revê-la pela primeira vez.
Com a sua criança no necrotério havia mais um serzinho que viveu quatro dias e faleceu no mesmo dia.
Aquele pequeno seria e permaneceria o seu amiguinho de brincar nas esferas.
Naquela manhã ele sentiu um contato íntimo entre ambas as crianças esféricas.
Os pais da criança estavam quebrados; ele não sentiu algo assim, é que sabia que, um dia, reveria a sua filha.
Quanto gostaria de ter falado aos pais daquele anjinho da sua sabedoria, mas não eram alcançáveis por ele.
Ele, e também a sua mulher se entregavam, mas eles queriam a posse da sua criança, não conseguiam se afastar.
E, todavia, também a sua criancinha vivia e crescia, como a dele.
O Alcar não lhe falava nada; talvez ele traçou um plano e não seria possível ver a sua criança por agora.
Abaixo dele via uma terra primitiva; as casas que construíram aqui eram como os barracos da Terra.
Espalhadas por todo o lado nela viviam pessoas que chegaram das Esferas Escuras.
Da sua viagem anterior ele sabia de tudo isso, Alcar lhe esclarecera sobre isto.
Ali recebiam as suas primeiras aulas espirituais; ensinavam-lhes como dar amor.
A partir dali começou a sua volta às Esferas de Luz que eram difíceis de alcançar.
Para isso precisava de luta e sacrifício.
Todavia, estavam prontos para iniciar uma outra vida.
Lá também havia homens e mulheres juntos, mas ainda não havia calor neles e nem na natureza; a posse daquele fervor santo ainda estava longe deles.
Muitos deles recaíam na sua situação anterior e precisavam recomeçar de novo.
Sempre seguiam ao encontro da Primeira Esfera de existência.
Na medida que avançavam, mudavam também as esferas, a natureza e tudo o que vivia aqui.
Subindo devagar, o Homem evoluía, até alcançar as esferas mais altas.
Como era tudo simples, como Deus era justo!
Na Terra não conheciam um Deus de justiça; aqui todo o ser via, sentia e sabia.
Aqui conhecia só um Deus de amor; sabia que ao rezar e trabalhar se elevava cada vez mais.
Tudo isso, o Homem podia alcançar, se quisesse dar aos outros, quisesse amar tudo que carrega a vida de Deus.
A natureza tornava-se sempre mais bonita, as pessoas mais novas, porque sentem um amor mais elevado, que carregavam sim interiormente.
Esta vida era eterna.
Abaixo dele estava a Esfera de Ligação, onde ele pôde falar aos mortos vivos da outra vez.
Tinha sido esplêndido o momento, quando eles se dissolveram diante dos seus olhos.
Foi estranho para ele, porém, tudo era muito simples se conhecia e carregava aquelas forças interiormente.
Logo estariam na Primeira Esfera, mas ainda o Alcar não dizia nada; o seu líder estava mergulhado em pensamentos profundos.
Os primeiros feixes de luz já alvoreciam, ali atrás havia a Primeira Esfera.
O Alcar o olhou e disse: “Agora mostrar-lhe-ei a arte espiritual, sobre a qual já falei na Terra.
Porém, apenas na Quinta Esfera verá a grande diferença com o que deixamos para trás na Terra.
Primeiro permaneceremos lá e na minha sintonização verá mestres espirituais e poderá admirar a sua arte.”
“Os que da Terra chegam aqui, podem continuar a sua arte, não é, Alcar?”
“Com certeza; porém é melhor aguardar até chegarem na Quarta Esfera, porque senão, o seu desenvolvimento espiritual fica estagnado.”
“O que o senhor quer dizer?”
“Com isso quero dizer que aguçarão o seu sentimento artístico, mas isso ainda não é nenhuma posse em espírito e, mesmo pintando mil anos, não poderão entrar numa esfera mais elevada.
Possuir um sentimento artístico mais elevado ainda não é posse espiritual.
Por isso a sua arte não tem significado, porque da Terra não podem entrar na Primeira Esfera Feliz; seria melhor se adquirissem primeiro aquelas forças.
Quando chegaremos aí esclarecer-lhe-ei tudo.”
“A arte na Terra alcançou o seu auge?”
“Sim, aqueles artistas, aquela geração viveu.
O homem cria de acordo com o seu sentir.
E se soubermos que o Homem na Terra sente materialmente, que vive naquela sintonização, sabemos que não criarão arte espiritual que tem sintonização numa Terceira Esfera.
Espiritualmente, a arte da Terra alcançou a Segunda Esfera como sintonização.
Se na Terra nascesse arte que, como sintonização atingisse a Terceira Esfera, então, não seria mais entendida na Terra.
Você sabe que a Primeira Esfera é uma mesma situação que a vida na Terra.
Portanto na Terra, o que estiver acima do desenvolvimento humano, não sentem, para isso não encontram palavras.
Portanto, quando desce um ser da Quarta ou Quinta Esfera, seria um génio sobre-humano, o que outros não podem entender nem em mil anos.
Mas nós também sabemos que isso não acontecerá, pela simples razão que o homem só receberá o alimento que pode sentir, entender e assimilar.
Volte à Terra, veja a tecnologia, o Homem não entende o que lhe é dado.
Está atrasado muitos anos; ele é um escravo da máquina, o que não é e nunca foi o propósito.
Assim também iria passar com a arte; pelo seu “poder” ela seria destruída.
Tudo que é dado na Terra, eu já lhe disse, é uma lei cósmica; são leis, sintonizações humanas, aquela vida na Terra.
Mas quem alcançou o grau mais alto para a Terra, ainda não é um ser feliz, porque justamente, muitos sucumbem pela sua arte.
Na Terra mostrei-lhe a minha arte; lá me chamam de mestre, mas quando entrei nesta vida, eu vivia abaixo da Primeira Esfera Espiritual, onde não vivem mestres espirituais, nem são conhecidos.
Então, vistos pelos olhos deles, tudo é terreno e não comparável à vida deste lado.
Por isso, tudo o que criado na Terra, encontra-se abaixo desta sintonização espiritual.
Por isso a nossa vida é mais rica, mais bonita e na medida que chegarmos mais alto, mudará toda a arte, sim, toda a vida.
Vê meu menino, entramos na Primeira Esfera.”
O André viu pessoas, casas e prédios; muitas moradas eram como a sintonização interior do ser e edificada segundo a sua força de amor.
Também aqui já esteve, porém, agora iria conhecer a arte.
A Primeira Esfera era igual à Terra.
Depois, ainda via outros edifícios que foram levantados de arquitetura diferente, dos quais alguns eram muito bonitos e tinham um outro significado.
Nas montanhas e à beira da água, em todo o lado havia moradas espirituais, construídas conforme o sentimento, gosto e força.
Tudo era substância espiritual e desta forma, real e natural.
“O que significa aquele edifício grande ali, Alcar?
É bem mais bonita que todas as outras.”
“Os mestres de construção que a levantaram, vivem numa esfera mais alta.
Portanto, foi feita em proporção da sua força interior e sentimento.
É para incentivar os que vivem aqui a alcançar aquela arte.
Vendo uma sintonização mais alta eles se esforçarão por alcançar esta arte.
Está claro?”
“Sim, Alcar.”
“Como você sabe, uma morada espiritual é a situação interior do ser.
Os que a construíram, têm todos uma sintonização mais elevada; com isso eles sentem uma arte mais alta, uma arquitetura mais bonita.
Então, também estes prédios serão mantidos por eles.
Isso vale para todas as esferas.
Nesta esfera encontramos arte numa segunda sintonização, e quando chegarmos mais acima encontraremos arte mais alta.
Na minha esfera conhecemos arte da Sexta Esfera, que é mantida por seres mais altos, assim como aqui, porque ambas as esferas têm ligação.
É como a reflexão de uma luz mais alta, que, como eu já disse, nos incentivará para alcançarmos aquela arte, aquele amor.
É que tudo é amor, só amor, porque amor significa vida e sentimento e o Homem criará de acordo com o seu sentimento.”
Na beira de uma montanha, circundada por muito verde e flores, André viu muitos seres juntos.
Entre eles tomou lugar um espírito que lhes dirigiu a palavra.
A longa distância já podia ouví-lo.
“Vamos até lá, Alcar?”
“Sim, vamos ouvir um pouco o que tem a dizer.”
Aquele, que estava falando era um espírito de meia idade e usava uma veste espiritual.
“Irmãos,” disse o espírito, “um dia, vivíamos na Terra e não sabíamos nada desta vida.”
O André sentia que estava falando da vida eterna.
“Neste momento tudo nos está claro.
Eu já lhe disse que lá odeiam os que professam uma outra religião, porém, aqui isso não é mais possível.
Aqui somos um só e conhecemos apenas um único Pai, um Pai de amor.
Cristo nos fez conhecer o nosso Pai.
E como é lindo amar, poder ser algo para os outros.
Mas como podemos ajudar a nós e aos outros?
Desçam, irmãos, desçam às regiões escuras, ali onde vivem os seus filhos, os seus irmãos e as suas irmãs; eles precisam da sua ajuda.
É o caminho que outros seguiram, que nós temos a seguir também.
Fiquei muito tempo lá em baixo, portanto, sei quantos há que precisam ser ajudados.
De que ainda está à espera?
Vocês não os ouvem clamar?
Com isso vocês criam para si uma situação própria e quando retornarem entrarão em outras esferas, porém mais altas.
Quem não viver para os outros, não evolui.
Precisamos trabalhar e rezar, nisso está a nossa força e de todos.
Quem espera, não vive, são mortos-vivos.
Clamo a todos vocês: ajudem as suas irmãs e os seus irmãos.
Vocês não sentem necessidade de contar a outros do seu prosseguimento eterno?
Dizer que estão vivos?
Que a sua mãe, o seu pai e as crianças estão com vocês?”
O espírito continuava com fervor, mas o André sentia que eles prosseguiriam, então também eles se retiraram.
“Você vê que neste lado também precisam incentivar o Homem para fazer a diferença para os outros.
Na Segunda Esfera não é mais necessário.
Aquele que lhes falou, eu conheço e me satisfaz de reencontrá-lo neste caminho.
Encontrei-o nas Esferas Escuras, ele estava profundamente infeliz e me pediu provas de uma vida mais elevada.
Foi então que ele poderia aceitar.
Mostrei-me a ele numa situação mais elevada e agora, depois de cem anos, revejo-o aqui para convencer os outros.
Você ouviu que falou-lhes de uma vida que ele vivenciou, um dia, e conhece claramente todas as transições de sentimento no espírito.
Assim, cada um trabalha através de outro e se desenvolverá ajudando os outros.
Uma imagem mais clara não poder-lhe-ia mostrar.
O seu caminho é nosso, o nosso caminho é o Dele que crucificaram na Terra.
Seguir o Seu caminho é a vontade santa de Deus.
Esta pessoa pude convencer com uma única prova, pelo que começou a atuar sobre si mesmo.
Só através de ações, apenas com ações, uma morada espiritual é levantada pedra por pedra.
Tudo radiará, se interiormente possuem estas forças, se obtiveram ajudando os outros.
Em cada situação que lhe mostro, existe esta verdade.
Logo também ele subirá; já recebeu a sua veste espiritual.
Na Segunda Esfera aguarda-lhe muita felicidade e amor.
Clamo ao Homem da Terra: comece agora, não espere até chegar aqui; o que possui na Terra não precisa adquirir neste lado.
Cada um cria a sua tarefa já na Terra e também neste lado.
Quem não sente a sua tarefa, não vive e precisará despertar primeiro.
Porém, isso pode demorar muito e por isso viremos à Terra para esclarecer que devem seguir o nosso caminho.”
André se assustou.
Ele via bem?
Realmente, ali andava uma pessoa e ao seu lado um cachorro; como era possível!
O Alcar o observava e disse: “É tão estranho que precisa se assustar com isso?”
“Ali anda um cachorro, Alcar.”
Ele achava que o seu líder não o entendia.
“Muito bem notado, André.
Por que não poderíamos ter os nossos animais connosco?
Eles não são justamente os nossos melhores amigos?
Também na eternidade estamos juntos, se assim quisermos.
Ambos são uno, tudo é vida e a vida inteligente pode se ligar com a outra vida.”
“Então os animais vivem nesta esfera, Alcar?”
“Não, vivem numa sintonização que corresponde à sua própria situação.
Temos pássaros e vários outros animais, por que não eles, que por muito tempo na Terra dividiam dor e sofrimento connosco?
Na Terra eu também tinha um cachorrinho pequeno e neste lado, muitas vezes, estou junto com ele.
O animalzinho faleceu e aqui o reencontrei.
Quando eu quiser vê-lo, o chamo como lhe mostrarei daqui a pouco.
Neste lado o animal sente o ser sintonizado mais alto, o que já lhe esclareci na nossa primeira viagem.
O idolatrar do animal não é mais possível.
Toda a vida é diferente, assim também o estar junto com os nossos animais.”
“Todos eles vivem numa única esfera, Alcar?”
“Sim, e esta esfera está sob a primeira sintonização cósmica.”
“Como tudo é estranho!”
“Nada é estranho, tudo é realidade!
Não há milagres, se conhecemos as forças que os realizam.
No espírito tudo é saber!”
“Como os animais vêm para cá, devem buscá-los?”
“Você precisaria descer profundamente, porém, também não é necessário.
Onde quer que eu esteja, seja em que esfera que estiver, mas desde a Primeira Esfera de existência no espírito, posso me ligar aos animais.
Tudo isso acontece por concentração e vontade.”
“Então, o animal está sujeito a leis, Alcar?”
“Tanto o animal como o homem, portanto ambos.
Porém, o animal não está ciente daquelas leis, mas sente mais puramente do que muita gente com intelecto.
O animal possui uma única sintonização de vida; da Terra passa para dentro dessa, precisa-se sujeitar a isso.
Agora mostrar-lhe-ei que amor também une neste lado, que os nossos animais terrenos estão connosco quando quisermos.
Mas já lhe disse, isso só pode aquele que vive na Primeira Esfera Existencial.
Portanto, para isso se precisa de posse espiritual.”
O André viu que o Alcar se concentrava.
Passaram-se alguns segundos.
“Veja ali, André”
A uns dez metros de distância de André vinha um cachorrinho, de pelos compridos, que pulou latindo ao encontro do seu mestre.
André não conseguiu acreditar nos seus olhos.
“Como tudo é amoroso, Alcar!
Como o amor é grande, como Deus é poderoso, para também dar isto ao Homem.
Muitos estarão felizes se na Terra souberem disso.”
O animalzinho uivava de felicidade.
“Meu querido,” falou Alcar ao bicho e também o André foi saudado pelo animalzinho.
Com esta cena linda, amorosa, brotaram lágrimas de felicidade nos seus olhos.
O Alcar viu as suas lágrimas e disse: “Isso é amor puro, meu menino; também quando pude vivenciá-lo, me brotaram as lágrimas nos olhos; portanto, deixem-nas correr livremente.
Chorei de alegria, meu filho, quando pude vivenciar esta grandeza.
Agradeci a Deus do mais fundo do meu coração, por tudo de sagrado que pude receber.
Sempre serei grato por isso.
Você vê, André, que eles não nos esquecem, mesmo se não o vejo há anos.
Eles não nos esquecem, o seu amor é eterno; eles continuam amando.”
O André se comoveu profundamente por poder sentir e vivenciar o amor de animal e homem.
“Venha, seguiremos, o bicho ficará algum tempo connosco, até deixarmos esta esfera.
Desta maneira posso chamar vários animais comigo se eu quiser me ligar em amor.”
“Mas não animais selvagens, Alcar?”
O Alcar riu gostosamente e André sentiu que colocou uma pergunta estranha.
“Animais selvagens, André, aqui nós não conhecemos; não vivem neste lado.
Mas isso você não pode saber; muitos colocam a mesma pergunta.
Esclarecer-lhe-ei isso.
Quando o animal deixa a Terra, portanto, quando morre, tanto faz a que raça ele pertence, então se desfaz daquela vida.
Você pode entender isso?
O homem entra aqui como sente na Terra, porém, o animal tira a vida material e entra na sua vida espiritual.”
“O animal evolui, Alcar?”
Com certeza, porém, continua numa situação que é a sintonização animalesca.
O animal precisa seguir seu ciclo e retorna aqui.”
“Surgem mil perguntas dentro de mim, Alcar.”
Todas estas perguntas responderemos mais tarde, quando visitarmos também estas situações.
Porém, agora seguimos um outro caminho, um outro plano que quero manter.”
O André achou tudo estranho, quanta felicidade aguardava o Homem, quando entrasse nesta vida.
“De que forma o animal retorna, Alcar?
Isso é possível?”
“Mas, naturalmente, também mostrar-lhe-ei isso.
Veja e ouça o que lhe direi.
Porém, tudo é concentração e vontade forte.
Pronunciarei claramente a minha vontade, de maneira que pode me seguir em tudo.
O animal me obedecerá, porque me sente.”
O Alcar falou ao seu camarada terreno: “Venha, querido animal, precisamo-nos separar, você deve ir embora.”
Nesse momento André sentiu que o animal queria muito ficar.
Todavia, o bichinho ia embora e agora via acontecer o milagre.
O bicho tornou-se como uma névoa: diante dos seus olhos o viu dissolver.
Porém, logo retornou, pelo que entendeu que o seu líder o puxava de volta.
Como tudo era grandioso.
Pulou de alegria em torno deles.
“Os que na Terra gostam de animais ficarão felizes ao saber disso, Alcar.”
“Você pode contar a eles, meu filho, assim como tudo que pôde vivenciar e ainda vivenciará.
Se os homens quiserem atuar sobre si mesmos, esperar-los-á muita felicidade como esta neste lado, mas se não quiserem, então, toda felicidade, toda esta graça não pode ser para eles.”
O animal que morreu na Terra vivia na vida depois da morte terrena, como vivia e sentia na Terra.
Aqui tudo é um só e junto.
“Aqui entraremos.”
O André viu o grande edifício, onde os espíritos mais elevados trabalharam.
Ele estava muito curioso com o que vivenciaria agora.
Ele vivenciava na vida após a morte sempre mais milagres.
Ele passou a soleira dum edifício espiritual e viu seres em todo o lado, artistas espirituais, fazendo criações.
O seu sentimento era transformado em arte.
Na vida após a morte, ele via pintores de arte.
Quem iria acreditar nele?
Quando entraram, um espírito veio ao seu encontro e falou com o Alcar.
“Alcar, Alcar, Deus está com você.”
“Irmão Ambrosius, viemos visitá-lo.”
O espírito foi até André e o saudou amigavelmente.
Nada além de amor, o André pensou.
O Alcar conversou com o espírito e disse ao André que lhe avisasse quando prosseguiriam.
Absorva bem tudo, André, eu o ajudarei com isso.”
O Alcar foi embora com Ambrosius; ele estava só.
Ele viu seres que pintavam figuras e outros a natureza.
Tentou se ligar a eles, porque queria sentir o que os seus produtos espirituais representavam.
Ele viu apresentações caprichosas que não entendia.
Viu homens jovens e velhos.
O homem era a força criadora, isso ele sentia em tudo.
De uma admiração caía noutra.
Ele se fazia um com uma imagem singular, quase incompreensível.
A peça era estranha.
Sentiu que o ser pintava a sua própria vida.
Era a vida terrena que ele havia abandonado.
Nas cores viu que este homem concluiu a sua vida em dor e sofrimento, nas cores havia toda a sua luta.
Também sentiu as regiões escuras na cena que foi amplamente exposta.
Em tons magníficos, entre os quais, ao mesmo tempo, cores escuras e violentamente reluzentes, simbolicamente o todo estava representado com magnificência.
O ser sentia a si mesmo e a sua vida concluída na Terra e nas esferas.
Com cores rudes, caprichadas, levantou uma apresentação que significava uma situação de alma.
Um poeta podia cantar a sua própria vida e a de outros em versos; aqui se faziam em cores.
Tudo era sentido profundamente, porém, a peça não radiava.
Ao lado deste artista ele viu um outro, fazendo uma tela grande.
Estranho, pensou, na Terra não se pinta assim.
As cores eram levadas e divididas de uma vez à tela.
Cinco ou seis cores diferentes, juntas, eram postas simultaneamente na tela e a partir daí aparecia uma tonalidade, tão soberba e linda como na Terra não podiam alcançar.
Ele viu pincéis e paus, pequenos e grandes.
Com isso dividiam a tinta, colocavam outras tintas para chegar ao fim almejado, às nuances de cor.
Tudo que vivenciou aqui era estranho.
E ainda estava na Primeira Esfera; então como seria a arte nas regiões mais elevadas!
O vermelho suave fluía ao roxo, os tons mais escuros também se misturavam, queriam atingir a perfeição através de várias disposições de cor.
Mesmo assim, sentiu que na Terra também conseguiriam, se pelo menos seguissem esta técnica.
Um outro ser pintava uma cena muito singular que significava ódio.
Aqui pintavam amor e todas as paixões humanas; todas as características humanas eram representadas na arte.
Mas em que pintavam na realidade?
De repente, ouvia dizer: “Em pano, André, mas de substância espiritual.
Você sabe, aqui temos tudo.
Não se esqueça que esta arte, que lhe é mostrada neste momento, encontra sintonização na Terra, porque, como sabe, a Primeira Esfera é a Primeira Esfera Existencial no espírito.”
Em pensamento o André agradeceu ao seu líder por lhe fornecer estas informações.
O Alcar o acompanhava em tudo!
Outro ser estava pintando um quadro fantástico.
Qual seria o seu significado, pensou.
Uma voz suave interior, lhe disse: “Isso, meu menino, significa música.
Absorva bem; nas esferas mais elevadas verá as mesmas representações, mas então, na perfeição espiritual.”
O André sondava a imagem, tentava se ligar ao quadro.
Queria saber o que o pintor queria dizer com a sua arte.
Ele entendeu muito bem que, se possuíssem esta arte na Terra, os artistas seriam ridicularizados.
Mas o que viu aqui era elevado, tão intensamente bonito que aquele que o sentia e entendia, poderia interpretá-lo através da música.
Era música representada pela arte.
Sentia se entrar num clima agradável.
O quadro atuava nele; ele ouviu e viu a orquestra, sentiu passar tudo através dele: a sua alma estava aberta para assimilá-lo.
Pela pintura ele ouvia extrair tons nobres de um instrumento: vinha nele vibrando profundo e lânguido.
Depois, ouvia aumentar o som de uma orquestra, era um acontecimento espiritual.
Arte, como a arte pode ser poderosa e como deveria ser maravilhoso para o espírito conseguir representar algo assim!
Era sublime!
Isso deveria elevar um Homem a um estado mais elevado, se quisesse se ligar.
Ele viu telas pequenas e grandes.
Aqui era pintado para orquestras e vários instrumentos.
“Na Terra vão alcançar esta situação depois de algumas centenas de anos.”
Novamente era o Alcar que ele ouvia.
Mas sabia de certeza que na Terra por agora não seria entendida.
E quando nascesse ali, o Homem pensaria que era posse própria, mas ele receberia espiritualmente.
Era assim com tudo que o seu líder lhe mostrou deste lado, nesta viagem.
Aqui não viu mulheres, o que achou muito estranho.
Por que não havia aqui mulheres?
Na Terra a mulher pintava tão bem quanto o homem.
Logo chegou a ele: “somente nas regiões mais altas a mulher se aperfeiçoará na arte.
Aqui, uma mulher tem uma tarefa diferente da Terra, do que muitas concluíram na Terra.”
André entendeu.
Muitas mulheres na Terra fizeram trabalho masculino.
Porém, a criação, na sua sintonização espiritual, não calculava isto.
Elas esqueceram a sua sintonização na Terra.
Elas não eram mais como mulheres e todas estas características contra-natura precisavam de se desfazer no Além.
Na Terra havia mulheres que não queriam nem ser mãe – o mais santo recebido de Deus -.
Podiam elas ser chamadas de mulheres?
Poderia ser feliz com este ser?
Tudo era apenas terreno, um ser assim não podia possuir amor verdadeiro.
Sabia a mulher na Terra o que ela significa no Universo?
Qual era o propósito da sua presença?
Muitas sentiam a grandeza da sua presença, e, ao mesmo tempo, viviam nisso, outras precisariam centenas de anos para alcançar esta sintonização.
Elas viviam num corpo, mas não tinham posse espiritual.
Não faziam uso do dom que Deus lhes deu na Terra.
Nesse momento ele sentia o cerne de toda vida, o que ninguém mais podia fazer sentir além do seu líder querido.
O homem, como ser masculino era a força criadora.
Na arte a mulher não se podia aproximar do homem.
Ele sentia isso em tudo.
Mesmo assim, ambos eram um só.
A arte do homem era inspirada pelo amor sagrado dela; através dela o homem podia criar.
Se eles eram um só, então a arte estava inspirada pelo amor ardente de um único ser que é a mulher, a mãe, a criança mais agraciada por Deus.
Só o homem era a força criadora, porém, também era amor.
Arte era amor e amor era sentimento.
Assim um sentimento passava ao outro.
Se o ser estiver cheio deste fogo sagrado, então um artista terreno vai além das forças e poderes normais humanos, porque estaria inspirado por ela.
Como tudo era simples.
A mulher era a força propulsora, era ela que fazia o homem criar.
Em tudo pode se ver e sentir isso na Terra.
Nas coisas mais pequenas já havia aquela força propulsora.
Não precisava nem ser arte.
Quando um homem fazia algo de bom e incentivado pelo amor, então realiza também o impossível.
Se pelo menos uma mulher entendesse como usar as suas forças, ela receberia só felicidade do homem criador.
Porém quantas mulheres não se conheciam a si mesmas, desconheciam essas situações, haviam passado ao masculino?
Elas estavam na Terra para completar a vida, porém este complemento precisaria retornar a ela e era isso o que o homem deveria entender, poder sentir e querer dar.
Isso era o amor, só amor, era o cerne, a força propulsora de toda a vida, de cada criação.
Através da mulher o homem criava, podiam ser feitos milagres; ele era inspirado pelo seu amor.
Novamente ele ouviu Alcar dizer: “Neste momento deverá estar claro, André, que a mulher é a força inspiradora de toda a arte e, só neste lado, ela entenderá plenamente a sua tarefa.”
Caminhou cada vez mais adentro do atelier espiritual.
Em todo o lado viu arte, só arte maravilhosa.
O que a vida teria de valor se não existisse arte?
Se pudessem representar os sentimentos interiores numa paisagem ou imagem, seria uma felicidade grande.
Arte era Deus, quando entregue e sentida a perfeição.
Pela arte se podia alcançar o mais alto, mas só no espírito; isso não era possível na Terra, porque ali o homem tinha sintonização ao terceiro grau cósmico e havia sete graus de sintonização cósmica.
Novamente sentia que o Alcar ajudou para entender plenamente a arte espiritual.
Ele estava e continuava ligado ao Alcar.
Era esplêndido.
Arte era a vida e após a morte terrena, exclusivamente amor.
Quanto maior o amor, mais bonita a arte.
O que queriam comparar à arte na Terra era unicamente uma situação material; nisso estava o sentimento do ser.
Isso era a verdade absoluta e não minimizaria a arte, uma vez em que o homem vivia naquela sintonização.
Ali estava um espírito, ainda jovem, fazendo uma grande obra de arte.
Claramente ele viu e sentiu, como se fosse gravado na sua alma, que o ser que ele estava pintando representava a sua mãe, que ainda vivia na Terra.
Amor, somente amor!
Como ele via e sentia a sua mãe, ele a representava e isto era uma situação notável.
Se um artista fizesse isso na Terra, qualquer pessoa reconheceria imediatamente o ser até o mais fundo da sua alma.
O ser pintou o seu retrato, mas em volta da sua imagem havia uma sinfonia de flores.
Nisso havia todas as suas características em tons variados e representações, portanto uma apresentação simbólica do seu ser.
Era esplêndida.
As flores floresciam e alastravam uma luz agradável.
Era um todo magnífico.
Mas, ao mesmo tempo, sentiu falta de algo na peça, no ser, o que tanto queria ver e o que uma mãe amorosa deveria possuir.
Sentiu falta do branco impecável.
Não havia esta força nela?
E novamente ouviu o seu líder dizer: “Não, meu filho, nenhum ser da Terra pode entrar numa Primeira Esfera Espiritual (a Quarta Esfera de luz), porque neste lado todo ser precisa passar pela sua purificação.”
O André entendeu.
O ser que representava esta mãe, que ele percebeu na beleza das flores, foi uma mãe carinhosa para o seu filho.
Porém, tudo era sintonização humana.
Quando ela passasse, também ela entraria na Primeira Esfera.
Mesmo assim, sentiu uma tristeza sair do todo; era uma força que tirava a radiação e a felicidade do todo, como se ele fosse barrado no seu poder para alcançar o mais elevado.
Era comovente ver e sentir o que impedia o pintor.
Numa visão clara, neste momento, foi lhe mostrado uma imagem pela qual sentiu e entendeu aquela tristeza.
Nas esferas escuras ele viu um ser que tentava se livrar daquela escuridão.
O suplicar permanente penetrava o ser e envolvia o todo com um véu de toda sua miséria.
Inconsciente de tudo, ele colocava estas forças dentro e à volta da sua mãe.
Era a força contrária para poder dar a perfeição; era um freio (Port. travão) para a sua personalidade.
O André sentia o significado profundo deste problema.
Só criaria obras de arte, quando também o seu pai pertencesse aos felizes.
Um laço de amor o prendia; ele mesmo deveria ajudar o seu pai; ele se desenvolveria com isso, a sua arte cresceria com isso, porque, interiormente, estava elevado por se entregar aos outros.
Só então, o ser poderia alcançar a perfeição na esfera em que vivia.
Aqui aguardavam até que ele mesmo decidisse e sentisse claramente que precisava descer.
Depois, faria progressos rápidos, porque estaria livre de perturbações.
Na Terra, o artista sente todas estas situações de sentimento, porém, em amor, todas estas transições não são sentidas.
Novamente André percebeu que foi ajudado pelo seu líder.
Depois ouviu dizer: “Quando ele sentir que precisa de descer, Ambrosius o dirá, também o esclarecerá, como pode se desenvolver ajudando outros.
De volta da sua peregrinação, a sua situação interior estará mudada, pelo que, ao mesmo tempo, entenderá que será alcançada a espiritualidade perfeita na Primeira Esfera Espiritual que é a Terra do Verão.
Assim é a vida daqui; precisa-se possuir amor se quiser alcançar alguma coisa.
Se no entanto seguir outro caminho, então o homem no seu desenvolvimento estará parado e tudo será egoísmo.
Basta querer pessoalmente para ser algo!
Mas o homem tem uma vontade própria e, portanto, agirá de acordo com o que sente.”
O André entendeu tudo.
Aqui pode fazer o que quiser, mas seria melhor seguir aquele outro caminho que um espírito mais elevado percorre.
Ali vinha o cachorrinho do Alcar.
O bichinho pulou ao encontro deles e abanou o rabo e André sentiu o que queria.
Eles iriam em frente.
Quando, afinando a sua concentração, fez sentir isso ao animal, ele se virou e foi ao encontro do Alcar que ele viu chegar de longe.
Como era poderoso o amor.
O animal nas esferas entendia tudo, por que o intelecto realizou uma ligação que significava sentimento e vida.
Ali estava Ambrosius com o seu líder; o fim se aproximava.
Eles subiriam para visitar outras situações.
O espírito vinha até ele, sem dizer uma palavra, o olhou nos olhos duma maneira que o André sentiu passar um amor radiante através dele.
Neste olhar havia tudo; palavras não poderiam representar este sentimento.
Era amor, nada além de amor.
O Alcar se despediu e o seu cachorrinho saltitava de alegria.
Todavia, também para o animal chegou o fim.
O Alcar o chamou, o afagou e lhe falou palavras carinhosas.
Como este momento era poderoso para o André, quando pensava na vida terrena do Alcar e na vida que possuía agora.
Não encontrava palavras para explicar estas vidas diferentes.
“Agora, primeiro nos despediremos do nosso amigo, André, e depois seguiremos o nosso caminho.
Esteja ao meu lado.”
Novamente André viu um milagre celestial se concluir, que somente era possível nas esferas, na vida após a morte.
O animal olhou os dois, de repente, se virou e sumiu pelas paredes, entrou na sua esfera animalesca, o milagre se consumiu.
Sumiu como um fantasma.
Não havia palavras para isso e o André nem tentou resolver este problema.
Era imponente e verdadeiro como tudo o que o Alcar lhe mostrou até agora.
Tudo era força, aquela força era amor, exclusivamente amor, sintonização no espírito.
“E, agora vamos à Segunda Esfera, meu filho; ainda tenho muito a esclarecer a você!”
“Quem é Ambrosius, Alcar?”
“Na Terra ele foi um monge.
É um espírito da Terceira Esfera, porém, ele prefere trabalhar aqui.
O que não conseguiu fazer na Terra, ele faz agora neste lado, ligar-se à vida de todos.
Quando ele retornar ali, vai querer uma vida diferente e não mais se deixará trancar se auto castigando.
Neste momento ele diz: agora que sei o que Deus quis dizer com a vida na Terra, clamo por força e peço a Deus para retornar à Terra e vivenciar a vida sendo algo para outros e amar toda a vida.
Ele quer viver entre as pessoas como um homem pensante normal.
Não como eremita que aguarda pelo seu fim entre paredes.
O Ambrosius clama muito alto e muitos clamam com ele: quero viver, viver com a vida que na Terra afastei de mim.
Nos deslocaremos agora rapidamente para alcançar a Segunda Esfera.”
Como um raio o Alcar se deslocou e entraram na Segunda Esfera.
O André viu muitos espíritos que usavam vestes e eram mais novos do que na Primeira Esfera.
Na sua viagem anterior ele os encontrou; agora conheceu a vida deles.
As casas e construções são mais lindas e diferentes da arquitetura do que na Primeira Esfera.
Também aqui há edifícios que foram levantados por espíritos mais elevados.
O significado disso o Alcar já lhe esclareceu, de maneira que entendeu tudo.
Aqui há crianças e os mais velhos da primeira esfera largam a sua velhice e são jovens e lindos.
Aqui não vivem seres inválidos, como na Terra.
Na vida após a morte não se conhece mutilados; aqui todos são lindos e jovens, assim de acordo a sua sintonização interior e como se sentem.
Aqui o Homem cresce até que alcança a primeira sintonização cósmica.
Na proporção de esfera, na sintonização, no sentimento os homens possuem grandeza e beleza, até que entram na Primeira Esfera Espiritual, onde aceitam a sua sintonização espiritual, interior e exterior.
Então o homem segue o seu caminho, o seu longo caminho vital e evolui mais, sempre mais alto para, um dia, entrar no Todo.
O André agradeceu ao Alcar por esta mensagem, claramente transmitida em linguagem espiritual.
Assim se falavam no espírito, claramente ouviu, entendeu e sentiu cada palavra.
“Como tudo é lindo, Alcar.”
“Não só lindo, mas verdadeiro; há verdade em tudo.
Aqui, André, velhos se tornam jovens, jovens velhos, até, como lhe passei agora pouco, alcançaram o grau cósmico de sintonização espiritual.
Deficientes da Terra se tornam normais; aqui não se conhecem inválidos.
Os cegos verão, os surdos ouvirão, os que perderam os seus braços e pernas na Terra, voltam a ser normais quando entrarem nesta vida.
Não há como destruir o corpo espiritual.
O homem que vive aqui é eternamente, eternamente lindo.
Nesta esfera poderá admirar a arte de escultura, porém, aqui também não permaneceremos muito tempo, porque só na Quinta Esfera quero lhe mostrar a nossa arte.
Mesmo assim, quis que também vivenciasse esta arte primeiro, para que veja a poderosa diferença na arte que aqui possuem, e naquela da minha esfera e de todas as regiões mais altas.”
Novamente, o André viu homens que tinham os seus amigos terrenos com eles e estavam ligados em amor.
Pássaros cantavam a sua canção e flores enfeitavam esta esfera, onde quer que o homem se encontrasse.
Cada ser que vivia aqui, queria subir, porque já sentia aquele calor mais elevado.
Também a natureza era linda e ele viu planícies, montanhas e água.
Eles entraram num templo muito lindo.
Em volta do edifício cresciam frutas e floresciam plantas e também ao entrar viu que cresciam no interior do edifício.
Em tudo havia a sua vida pura, embora os que aqui viviam ainda não se sentissem livres de pensamentos materiais.
Novamente André entrou num edifício espiritual de arte, estava muito curioso pelo que agora vivenciaria.
Diante dele havia grandes pedaços de pedra em todas as cores.
Ele viu pedras envolvidas num véu azulado claro, outras tinham vários tons, mas ele achou as azuis mais bonitas.
Ali havia cores muito suaves, porém, para ele era um enigma como neste lado chegaram a estas pedras magníficas que se pareciam com mármore.
Aqui, havia de tudo que podia servir o Homem e muito mais bonito que na Terra.
Na Terra não podiam fazer ideia da posse espiritual.
Aqui se via todas as cores juntas.
Nisso havia vida e aquela vida irradiava luz.
Toda a arte radiava; toda a vida possuía a força espiritual que era amor.
Aqui também viu vários seres trabalhando numa obra de arte.
Viu uma representação magnífica rodeada de muitas figuras e que representavam algo simbólico.
Nesta trabalhavam muitos espíritos.
Juntos faziam esta obra de arte, porém, um deles era o mestre.
Acima desta apresentação ele viu uma bola como se fosse a Terra carregada por dezenas de figuras humanas, e em cima da bola uma cruz em mármore branco de neve.
Fortemente destacava-se a cruz e a todos que a olhavam impunha respeito ao criador.
“O que significa isto, Alcar?”
“Esta imagem, meu filho, mostra que o Homem carrega a vida e a representa.
A bola é a Terra, a cruz a vida, com a qual Cristo é representado.”
As figuras que a carregavam eram de tamanho natural.
Tudo era grandioso e o todo era amor.
Todos que trabalhavam nela e davam as suas forças, sentiam amor.
A peça radiava e também eles emitiam esta força de amor.
Essa era a felicidade de poder fazer algo assim.
Ah, como era linda, como era poderosa esta arte!
Mais adiante viu que um ser estava fazendo um templo e o representava em mármore colorido.
Era uma catedral com muitas torres.
A escultura era grandiosa, tão intensamente linda e magnífica que comovia André interiormente.
Como era possível desenvolver tanto o sentimento de arte?
Na Terra não era possível alcançar este nível.
Pontas finíssimas de torres foram esculpidas de mármore.
A escultura toda tinha entre oito a dez metros de altura.
Ela era maravilhosamente linda e quase inacreditável.
Mais adiante viu o que já encontrou em muitos lugares: a fonte espiritual que um espírito estava esculpindo num grande pedaço de mármore colorido.
Também esta escultura, esta jóia de arte criadora, tinha um significado sagrado.
Ele pôde contemplá-la na morada do Alcar e na sua primeira viagem na Terceira Esfera.
Para quem seria esta fonte?
Nesta esfera ela servia também para incentivar o Homem a receber esta dádiva de Deus em força interior e amor?
A força propulsora era desta forma?
Uma voz interior lhe disse que sentiu corretamente e por isso sabia que também aqui o Alcar o seguia em tudo.
Aqui não era falado nada, porque não podiam perturbar e, ao mesmo tempo, porque na Primeira Esfera foi deixado sozinho.
A fonte era a vida deles; iam receber este presente apenas na Terceira Esfera.
Então, entrariam numa ordem e só na Quarta Esfera transitariam nela.
André entendeu, porque o Alcar já lhe falara sobre isso antes.
Como se na Primeira Esfera o lindo edifício incentivasse os que ali viviam a atuar sobre si mesmos, assim depois esta fonte faria valer as suas forças e incentivaria-os a praticar ações.
Era lindo e puro como tudo isso era artificialmente representado em pedra.
Em tudo havia, acenando suavemente, mas com urgência, os pensamentos de espíritos mais elevados, por eles enviados, para apoiar os que viviam aqui.
O que sempre o comovia era este aceno silencioso, aquele chamado amoroso para lhes mostrar a luz, fazer sentir a felicidade que interiormente eles sentiam e carregavam na sua própria esfera.
Artistas de uma esfera mais elevada desceram para ajudar os seus irmãos e irmãs e isso aconteceu através da sua arte elevada, pela qual podiam ver e sentir que um elevar era possível.
Como se fazia na Terra?
Ali olhavam o produto de arte; não sentiam o amor do ser criador.
Também não era possível na Terra, porque estes sentimentos tinham sintonização a uma esfera mais elevada do que a da Terra.
Aqui, na Segunda Esfera, onde ele se encontrava neste momento, ele viu a arte que deveriam sentir, se quisessem entendê-la na sua totalidade.
O Homem que aqui vivia estava desperto e pronto para entrar na Terceira Esfera onde lhe aguardava felicidade ainda maior.
Seria mais grandiosa a vida, mais lindas as flores e a natureza, mais jovens os homens que viviam na Terceira Esfera.
Assim, tudo mudaria; um subir sempre ao reino dos céus, à própria casa de Deus, onde para todo o Homem da Terra é guardado e mantido aberto um lugarzinho.
Assim o homem prossegue, sempre mais, e assim cada esfera possui a sua arte, na proporção em que o sentimento encontra sintonização no espírito, é que o Homem cria na medida do seu sentimento, do seu amor.
Que muitos líderes descem aqui de uma esfera mais alta, para estar juntos e se sacrificar para os apoiar, os ensinar como se aperfeiçoar na arte, tem como propósito, apenas, que precisam-se libertar, para poder entrar na Quarta Esfera, o que só é possível ajudando outros.
Desta maneira também os que vivem aqui, entrarão nas esferas mais elevadas.
Por isso é representada a fonte que os incentivará a ser algo para outros e a atuar sobre si mesmo.
Aqui mexem com arte, porém, apenas na Quarta Esfera encontra-se a perfeição em sintonização espiritual.
Sabemos bem demais que a nossa arte não pode ser perfeita, porque somos crianças no espírito, em sentimento, em amor, apesar de sermos anjos e termos esta sintonização.
Porém, esta arte não pode ser comparada a ela, porque ela é muito mais elevada que a arte dada na Terra.
E, neste momento, vamos à Terceira Esfera!”
O Alcar vinha ao encontro de André, deixaram o atelier espiritual para visitar a Terceira Esfera.
Adiantaram-se flutuando.
Nesta viagem, André, aguardam-lhe muitas surpresas, mas, ao mesmo tempo, aguarda-lhe uma grande felicidade que na nossa viagem anterior não foi possível vivenciar.”
“O senhor me deixa admirar a arte em cada esfera, Alcar?”
“Não, isso não, tenho outras situações para lhe esclarecer.”
“O senhor vai comigo à Sexta Esfera?”
“Também isso não é possível, porém, meu mestre que você já encontrou na Terra e para quem pôde trabalhar, o acompanhará.”
O André ficou calado depois destas palavras simples; nisso havia um problema escondido.
Por que ele precisava ir a esferas ainda mais altas?
Para que era necessário tudo isso?
Ele ainda não recebeu sabedoria suficiente?
Na sua viagem anterior não podia entrar na Quinta Esfera e agora visitaria esferas ainda mais altas.
Para quem era tudo isso?
As forças sagradas de Deus lhe possibilitavam todavia, entrar e chegar numa situação que Alcar ainda não alcançou.
O mestre dele o conduziria; merecera tudo isso a quê?
Então, com certeza, não sobraria tempo para visitar a sua filhinha.
O Alcar montou o seu plano grandioso e irá receber e poderá vivenciar ainda muito nesta viagem.
Eram estas as muitas surpresas naturalmente, a grande felicidade, que iria fazer parte dele mesmo.
A Sexta e a Sétima Esfera!
O acontecimento estonteara-lhe.
Todavia lhe doía precisar deixar o seu líder para trás.
Preferia ficar com ele, o que significaria uma felicidade ainda maior.
Sempre precisava pensar nisso; não conseguia se soltar disso, isto lhe tomava a sua concentração.
Na casa do Alcar, um espírito mais elevado – Ubronus – o guiou.
Ele também era só amor e vivia na Sexta Esfera.
Agora iria ali.
Não dava para acreditar!
“Não é esplêndido, meu filho, visitar as esferas mais altas, como homem terreno?
Este acontecimento não o deixa feliz?”
“É tudo magnífico, Alcar, mas preferia ficar com o senhor, por mais lindo que possa ser.
Porque será necessário?”
“Eu esclarecer-lhe-ei.
Você sabe que vim à Terra para contar às pessoas da nossa existência.
Mas não só eu, milhares de outros fazem parte daquela ordem.
Nós todos, agora, queremos mostrar a você, como instrumento, a nossa vida, para anunciar esta realidade aos homens.
Assim poderemos dar-lhes uma imagem nítida, de como são as esferas e também o que fazer para alcançá-las.
O meu trabalho é mostrar-lhe situações e sintonizações, assim também ligações e para isso ainda o aguardam a Sexta e a Sétima esfera, pelo que deverá obter uma imagem nítida de todas as esferas existenciais no espírito, da maneira que o meu mestre considera necessário.
Daquela ordem recebi o meu apoio, me deram as forças necessárias.
Assim vêm milhares à Terra, em todos os países; em várias línguas é dada a nossa sabedoria, a nossa vida.
Só depois de ver todas as esferas existenciais, o homem sente como é imponentemente grande a felicidade que o aguarda neste lado.
Depois visitaremos outras situações, faremos outras viagens.
Portanto, a Sexta e a Sétima Esferas, são aquelas sintonizações que visitará com um ser sintonizado mais alto, porque eu não consigo e nem poderei ir mais alto do que a minha própria esfera.
Depois disso, retornará e voltará comigo à Terra, assim também esta viagem estará concluída.
Portanto, não esqueça nada daquilo que lhe será mostrado, porque agora sabe que foi o meu mestre que me mandou à Terra e que faz o trabalho deles na Terra.
Não se esqueça de que, do nosso lado, pousam muitos olhos em você e isso vale para muitos outros que façam um trabalho semelhante e que na Terra servem poderes superiores.
Deixe tudo significar só amor; isso o fortificará no espírito e será sabedoria para você e muitos outros.
Você pode entrar nas esferas mais elevadas, porque faz e conclui o nosso trabalho com amor.
Veja, diante de nós está a esfera de ligação que une a Terceira e a Segunda Esfera.
Na Terceira Esfera ficaremos.
Os primeiros raios de luz nos radiam e agora, logo entraremos na Terceira Esfera.”
André viu que vários seres vinham-lhes ao encontro, que todos se aperfeiçoavam para um ou outro estudo e se deslocavam, flutuando como eles.
Já antes Alcar lhe esclareceu de onde vinham e para que se aperfeiçoavam e, por isso, entendeu agora este encontro.
Eram todos alunos, conduzidos por espíritos mais elevados, concluíam neste lado o estudo iniciado na Terra.
Porém, o estudo deles precisava encontrar sintonização no espírito, senão, não era possível e deveriam se desacostumar de tudo o que aprenderam na Terra.
Aqui, tudo servia para a felicidade dos homens; tudo era amor, nada além de amor.
Por isso, todos precisavam ter alcançado a Terra de Verão; antes não era possível um estudo no espírito.
Precisavam conhecer as forças espirituais de todas as outras esferas que estavam sob a sua própria sintonização, para que se pudessem ligar.
Para se ligar no espírito era necessário ter posse espiritual; senão encontrar-se-iam em profunda escuridão e não poderiam observar nada.
Luz no espírito é possuir amor; aqui nesta vida, só existe sabedoria e felicidade.
Ligar era saber, transitar a uma outra situação, e isso só podia através do amor.
Tudo era tão simples, mas, ao mesmo tempo, ele sabia como era difícil ao Homem na Terra para dar amor.
Ele precisava se anular, mas isso o Homem não quer.
Porém, no espírito há um único caminho, uma possibilidade para alcançar a luz, a felicidade eterna e é só se entregar pelos outros.
Foram sempre mais além e entraram na Terceira Esfera.
O André já esteve nesta esfera algumas vezes.
Na sua viagem anterior, Alcar retornou à escuridão mais profunda e, num relance, se ligaram ao Vale das Dores.
Mesmo assim, agora entraram nesta terra linda, numa região desconhecida para ele.
Novamente ele viu tudo de maneira diferente.
Era tudo novo para ele; sempre se encontrava em outras situações.
Ali poderia permanecer séculos, poderia escrever livros sobre uma única esfera.
Sempre ficava comovido ao entrar.
Como era linda a Terceira Esfera.
Sagrado era aqui, mesmo assim, os homens ainda sentiam materialmente.
Ainda não estavam livres de pensamentos materiais.
So aqui eles transitariam para o espiritual.
Anos de luta intensa os aguardavam para alcançar a Terra de Verão.
Diante dele viu uma terra linda com montanhas e vales impressionantes.
As montanhas se elevavam até ao céu e haviam templos radiantes construídos sobre penhascos.
Arte, só arte, posse espiritual que servia o Homem.
Ao longe viu um templo magnífico levantado em pedra com diferentes cores.
O todo radiava, como não poderia radiar em nenhuma esfera que visitou até agora.
Em todo o lado viu esculturas magníficas enfeitando o envolvente.
Em volta do templo dispuseram enfeites simbólicos e, agora, entendeu que também aquele templo era mantido por espíritos mais elevados.
A luz radiava de todos os lados do edifício, tudo vivia pela força do ser.
Ali, naquela esfera, se vivia, aqui se encontravam felizes.
Era poderosa a diferença com a Primeira e a Segunda Esfera.
A natureza era como a da Quarta Esfera, o retrato daquela sintonia.
Também isso servia para incentivar os que viviam aqui, para se sintonizar na Quarta Esfera.
Tudo o que observara, era maravilhoso.
“O que significa este templo, Alcar, é tão lindo?”
“É o templo que chamamos de universo e onde você será ligado ao Universo daqui a pouco.
Em diferentes partes desta esfera, encontramos templos semelhantes, para incentivar o ser a progredir.
Aqui, como já sabe, se faz isso em silêncio; nenhum ser forçará uma outra vida, porque se age segundo a vontade e o próprio sentimento.
Nenhum poder, por mais forte que seja, pode mudar algo nisso.
Como eu disse, é este o templo para o Universo; ainda temos templos para a música e de todas as outras artes e ciências.
Aqui, o espírito possui tudo.
Ao mesmo tempo, estes templos servem para prestar exames em uma ou outra arte ou ciência pelo que espíritos mais elevados aqui se empenham.
Depois disso, o Homem passa às esferas mais elevadas.
Quando sobem, há festa nas esferas, como pôde vivenciar na nossa primeira viagem.”
O André conseguiu se lembrar bem da sua primeira saída do corpo.
A sua felicidade foi grande quando retornou à Terra.
Ele viu centenas de pessoas reunidas.
Em todo o lugar eles estavam felizes.
Eles brincavam e gozavam, dançavam danças celestiais e flutuavam pelo espaço.
Era tudo poderoso o que observou.
Todos eram como crianças, puros nas suas ações e purificados de todos os pensamentos terrenos.
Ali, em nada sentiu um ou outro impedimento; o ser era ele mesmo.
Claramente, sentiu esta grande felicidade em ser ele mesmo.
Como era na Terra e nas regiões escuras?
O que observou na escuridão era terrível; ali era tudo amor puro.
Na Terra uma pessoa tornava a vida insuportável para a outra, não se podia viver como desejava; eram perturbadas por outras.
Ali todos estavam em união, ligados em amor.
Ah, que posse, que bem-aventurança.
Ele viu flores e frutas e muitos outros produtos naturais.
Aqui, a natureza servia o Homem assim como na Terra, porém, essa era a vida espiritual.
O André pegou numa fruta e corria nele um líquido gostoso que o fortificava.
Era gostoso, mas quem acreditaria nele?
Pássaros em cores indizíveis voavam à sua volta.
Eles viviam na companhia do homem e estavam cientes da sua vida.
Estavam em comunhão com a vida que Deus colocou em tudo.
Era estranho o que vivenciava na vida após a morte.
Ali, diante dele, corria um ribeirinho colorido pelas cores das flores e da natureza e onde a vida se refletia.
Os seres cantavam canções, os pássaros os acompanhavam e agradeciam ao seu Deus de amor e justiça.
Não viu nenhuma dança das vidas; em tudo havia o seu amor por Deus; era uma oração ao Pai deles.
Era poderosa a diferença com os que viviam nas regiões escuras.
Como se tornavam animalescos nas regiões escuras, e como eram elevadas todas estas crianças humanas daqui.
Elas eram crianças no espírito, crianças de um só Pai.
O André sentia o significado destas danças.
Nisso estava a sua felicidade, era a sua gratidão, um profundo sentir e compreensão.
Eles flutuavam suavemente como o vento, desciam em movimentos graciosos, tudo sentido até ao mais fundo do ser, e tudo era amor, uma oração, expressa em arte.
Este acontecimento era bem grandioso.
Se o Homem não tivesse estragado a sua vida na Terra, receberia isto tudo no Além quando completasse a sua vida terrena.
Nesta vastidão viu seres andando abraçados, circundados de beleza celestial e felicidade.
Aqui viviam juntos homens e mulheres da Terra e estavam unidos para sempre.
Unidos no amor, homens, mulheres e crianças, irmãos e irmãs gémeas e almas-gémeas.
Não era grandioso e isso não fazia o homem terreno sentir feliz, saber disso?
Um dia, todos os seres da Terra conheceriam esta felicidade; ninguém escaparia; na casa de Deus havia muitas moradas; toda criança era cuidada, para todo ser Deus reservava felicidade, como na Terra não se conhecia.
Um chegaria mais rápido ao destino que o outro; todavia, um dia, a sua felicidade seria repleta se seguissem o bom caminho.
Aqui, não havia mais velhos, todos rejuvenesceram e eram lindos.
Aqui viviam numa situação mais elevada.
Quanto mais longe chegavam, mais linda era a natureza, a vida era o amor que o Homem sentia e possuía.
Agora ele entende melhor o grande edifício do que quando entraram nesta esfera.
O seu líder andou na direção do templo, onde logo chegaram.
Agora via muitas torres grandes e pequenas e, o todo, enfeitado por apresentações simbólicas.
O topo mais alto não podia observar; este edifício tocava no céu.
Numa daquelas torres ele viu uma cúpula em forma de bola, com muitas bolas menores ligadas num círculo.
Noutras torres ele viu uma mesma apresentação e agora entendeu o significado, porque o Alcar já lhe contara antes.
“Vamos até lá, Alcar?”
“Sim, André.”
Quando se aproximaram mais um pouco, viu que o templo descansava num planalto grande e levantado em mármore colorido.
Era grandioso; não encontrava palavras para exprimir como este templo estava cheio de arte e arquitetura.
Radiava luz como se fosse iluminado por poderes invisíveis.
O prédio estava aberto de todos os lados, como toda morada espiritual e ele via flores, vida e felicidade.
“Entraremos, André, muito lhe será revelado.”
Fundamentos fortes apoiavam o prédio todo.
Ao entrar, a primeira coisa que ele observou e reconheceu, foi a fonte espiritual que possuíam em todas as esferas.
Era uma representação grandiosa e linda.
Sabedoria, força e amor estavam reunidos na fonte.
Todo o ser se concentrava nestes dons indispensáveis; sem esta sabedoria a vida daqui não tinha significado.
Sem amor nenhuma felicidade, sem felicidade estava tudo frio e ermo e se vive nas regiões escuras.
Todo o ser carregava esta fonte interiormente; ela era a força sagrada de Deus.
Circundada de flores e frutas, pássaros e verde, assim estava enfeitada a fonte.
Também no templo os pássaros cantavam as suas canções e viviam na companhia do ser que aqui vive e que se sintoniza nas esferas ainda mais elevadas.
Eles viviam na gratidão a Deus; para Ele, através Dele vivia toda a vida.
Na fonte viu a mesma representação como nas várias torres que observou do lado de fora, porém, aqui esta apresentação foi feita em pedras de diferentes cores.
Verdadeiramente sentiu e viu o significado desse milagre.
Eram planetas e estrelas, tudo era um só, um universo em escala pequena, uma partícula do Universo poderoso que Deus criou.
Tudo isso era Deus, e interiormente se curvara profundamente para toda a grandiosidade apresentada.
Muitos seres passavam por ele; era como se estivesse vivendo no meio deles.
Todos usavam vestes magníficas que brilhavam segundo a sua força interior, na medida do amor que eles carregavam.
De repente ouviu uma linda canção, sentiu-se absorvido e ligado a outros corpos.
A subir, soou-lhe nos ouvidos, subindo o homem quer se aproximar do seu Deus.
Subindo até ao Pai de todos nós.
Todos cantavam juntos e estavam felizes.
Comovia-lhe até o fundo da sua alma e corria dentro dele um sentimento puro.
Novamente ouviu cantar, como já ouvira antes nas esferas.
Calmo, tal como chegara, diminuira e a canção terminava.
Em toda a esfera feliz cantava o Homem a sua canção espiritual; nisso estava a sua oração, interpretando os seus sentimentos.
O Alcar entrou cada vez mais no templo, e o André seguiu o seu líder e de admiração emitiu um grito de exclamação a seguir ao outro por toda a beleza que observara.
Que milagres ele viu.
Em várias espécies de flores foram colocados ditados que todos entendiam de imediato.
Simbolicamente, estes arranjos de flores representavam pensamentos.
Esta arte era também bem curiosa.
Como se enfeitavam um jardim na Terra, também aqui fizeram por sentimento refinado, artifícios, nitidamente calculados, pela natureza.
Uma dessas apresentações ele sentiu de imediato e com nitidez.
Foi: da escuridão até à luz.
Ele viu os tons escuros; as várias transições em cores foram postas, suavemente, e para isso usaram flores grandes e pequenas.
A escuridão era profundamente preta; lindas, como cetim eram as flores que transitavam suavemente para a luz, para finalmente terminar em lírios brancos de neve.
Isso era um pedaço da natureza e, simultaneamente, uma situação de vida entrelaçada pela natureza.
O todo era um leito de flores, de que as flores floresciam eternamente e nunca murchavam.
A vida significava a esfera e quando as esferas mudassem, subia alto por cima de toda a vida; A força sagrada de Deus, pela qual a vida vivia e florescia.
A luz lançou a sua sombra adiante; um dia, não existiria mais sombra; então o Homem era Deus e teria retornado ao Todo.
Diante dele viu uma imagem linda.
Milhares de flores foram reunidas numa imensa beleza de cores e no meio, como símbolo de pureza, o lírio espiritual em forma de cruz, branco como neve.
Todas as outras nuances de cores mudariam e transitariam ao branco puro; só então o Homem se tornava espiritual.
Homem, assim a flor lhe falava, mude a sua situação interior, sintonize-se e purifique-se de todas as outras cores, até que tenha recebido a veste imaculada.
Antes não descansará e sempre seguirá pelo seu caminho.
Tudo era para servir o Homem, para incentivá-lo a se enriquecer espiritualmente.
Aqui anseiavam por mais nada senão ver a vida feliz.
Azul, era a força curativa, vermelho e roxo suave, as cores de sintonização a várias características de sentimento na arte.
O símbolo era simples, mas profundo, porém, não demasiado profundo, assim a vida pôde entender.
Aqui sentiam o significado, porque possuíam amor.
Ali ele viu a estrela de sete pontas em flores.
“O que este produto de arte representaria?”, pensou.
Tentou se ligar, mas não conseguiu senti-lo.
Logo ouviu a voz suave, interior, a linguagem espiritual, que lhe disse: “Isso representa a quarta mentalidade em sintonização cósmica.”
André entendeu; havia flores que não viu em nenhuma destas esferas; assim, também para o Homem que vivia aqui, aquela vida era desconhecida.
Mesmo assim, era a realidade, sabiam e sentiam que outros seres, superiores a eles estivessem à sua volta de quem ainda não podiam sentir a sua existência mais elevada.
Na sua última viagem, o Alcar lhe esclareceu várias mentalidades e, agora, também entendia o significado profundo desta representação.
Esta representação era mantida por forças desconhecidas.
Ele agradeceu ao Alcar em silêncio por esta explicação com clareza.
Ainda viu muitas outras imagens de flores que representavam esferas mais altas.
A seguir, imagens de todos os planetas e estrelas, luas e sóis, sim, até o universo inteiro estava representado em flor e cor, numa vida eterna.
Estava viva, era a vida, era Deus.
“Aqui conhecemos todas as sintonizações, meu filho,” ele ouviu o Alcar dizer, ‘de forma viva’.
Venha, prosseguimos e vamos subir ainda mais.”
O edifício era estranho.
O André sentiu que foi construído de forma circular e que subiam sempre mais.
Sempre girando seguiam o seu caminho e também aqui estava tudo enfeitado de flores esféricas.
Onde vivia o Homem havia flores e mais vida por encontrar.
Nunca o Homem se sentia só, sempre estavam circundados por vida jovem e formosa.
Achou que não teria fim; o seu líder subia sempre mais.
Finalmente chegaram na parte mais alta e o seu líder parou.
Um espírito, numa veste branca prateada, veio ao encontro do Alcar como se tivesse aguardando pela sua chegada.
O André quis aguardar, porém ele acenou-lhe para se aproximar.
O ser era lindo:
“Meu irmão Alcar, Deus esteja com você.”
O André ouviu o seu líder tratar o espírito de Aloisius.
Depois o espírito se aproximara dele e disse as seguintes palavras que o enchiam de felicidade:
“Meu André, eu sei da sua vinda; muita sabedoria lhe será dada.”
O André não tinha tempo de saber como o espírito soube quem ele era; é que aqui se conheciam a todos e sabiam de tudo!
Não conseguiu dizer uma palavra.
O Aloisius pegou o braço do seu líder e juntos prosseguiram.
Ele os seguiu e o seu coração batia de emoção contida, com o que vivenciaria daqui a pouco.
Onde estava, o que este espírito mostrar-lhe-ia?
Conheciam o Alcar em toda a parte; quem possuía muito amor conhecia todos.
O André sentia-se feliz em poder viver já agora na sua proximidade, embora fosse por pouco tempo e precisaria retornar à Terra.
Passaram por vários salões e agora viu que escurecia cada vez mais.
O que era isso?
Não entendeu nada, não sabia o que significava.
Quanto mais entravam no edifício, mais escurecia.
Finalmente chegaram a um salão amplo onde fizeram uma parada e onde estavam várias máquinas juntas.
Encontravam-se aqui num observatório astronómico?
Parecia muito com isso.
A luz se transformou numa névoa azulada.
O Alcar se juntou a ele, porque Aloisius foi a uma outra divisão.
Pousaram num banco e aguardavam pelas coisas que viriam.
Alguns aparelhos foram ligados e ouvia-se um zunido suave.
Acima dele viu uma cúpula em forma de bola numa veste azul esticada.
Era como o universo, porém, não se via nenhuma nuvenzinha.
Tornou-se ainda mais escuro e depois clareou e então o azul transformou-se numa sintonização mais clara.
Novamente sumia a luz para transitar num tom azul profundo.
Neste momento, era como ele se estivesse no universo, tudo à sua volta era natureza, só espaço aberto.
Enorme, o que aqui foi alcançado.
Ele não estava mais num edifício, ele vivia e flutuava no espaço.
Tudo isso era poderoso.
O Alcar estava mergulhado em pensamentos profundos, não dizia nada e também ele sentia que estava sendo ligado.
Um acontecimento grande ia se desenrolar.
O universo vinha dentro dele, sentia-se em união, ele era ligado pelo génio.
Ele olhou profundamente naquela brasa escura, azul roxeada.
Não conseguiu observar o fim em lugar algum.
Estava ele sob o efeito de sugestão?
Não dava para acreditar.
Não, aqui lhe apresentaram novos poderes e forças e milagres que na Terra não se conhecia.
Ele achou perceber algo no universo.
O firmamento era iluminado por uma claridade suave; de onde vinha, não sabia e não conseguia discernir.
Neste momento, um círculo tornava-se visível, se tornava cada vez mais denso e mudava de forma.
Este retornou como bola, ficou mais denso e agora, ao mesmo tempo, viu aparecer da mesma maneira, outras bolas de luz.
Em volta da primeira bola vinha mais uma que, como uma névoa reluzente, estava envolta nela.
Assim ele via a Terra, quando observava o planeta a uma longa distância.
Aquela bola reluzente era para a Terra a sua radiação espiritual, mas o que ela significava aqui, ele não sabia.
Porém, era grandioso.
A primeira bola adensava-se sempre mais e agora conseguiu discerni-la melhor e entendeu o significado.
Viu raiar um planeta e muitos outros.
Depois vinham outros planetas, estrelas e sóis e tudo vivia.
Era como se ele estivesse flutuando.
Mesmo assim, sentia que não mudou de lugar, mas ele se sentia uno, absorvido no universo enorme.
Nesse momento, viu milhares de manchas de luz; todas tomavam lugar e descreviam uma órbita fixa; Também nisso havia a força sagrada de Deus.
Era um espetáculo poderoso, para ele incompreensível.
O que significaria tudo isso? Se questionava.
Todos os planetas, portanto, descreviam a sua órbita fixa, mas, ao mesmo tempo, sentiu a radiação poderosa que cada corpo emitia.
Tudo chegou nele em “sentimento” e sabia que estavam atuando sobre ele.
Agora ouviu claramente falar a ele: “O primeiro planeta é, simultaneamente, a primeira sintonização cósmica.
O segundo que observou e é maior, é a segunda sintonização cósmica; depois segue a terceira, a Terra; então vêm a quarta, quinta e sexta, assim também a mentalidade cósmica onde vive Cristo.
O que nós lhe mostramos é a realidade; sobre isso o seu líder já lhe contara.
Aqui se vê o universo aparecer diante de você.
Em todos os outros corpos se manifesta o nosso grande Mestre, sim, Ele até concluiu uma missão na Terra.
Na Terra, onde você vive, o homem se encontra numa sintonização material, ou melhor, animalesca, o que já foi lhe esclarecido pelo seu líder e a que não tenho nada a acrescentar.”
Agora, André, sentiu que não era o Alcar que lhe dirigia a palavra.
Ele estava ligado, mas não sabia a quem.
Seria o Aloisius?
A voz prosseguiu: “O que nós lhe mostramos, só serve para esclarecer que no universo existem todas as mentalidades presentes, isso quer dizer que há planetas em que existe vida e que o Homem, um dia, transitará ao Todo, depois da sétima mentalidade, quando lá morre tal e qual como na Terra.”
O André achou estranho.
“Na sétima mentalidade, como eu já disse, vive o nosso Mestre, Cristo, que faz valer a sua influência sagrada em todos os outros corpos, pela qual a vida é incentivada a se sintonizar em situações mais elevadas.
O que nós lhe mostramos é o ciclo da alma.
O Homem como ser vivo, vem da primeira sintonização e precisará de milhares de anos para percorrer o seu caminho.
A vida retorna e evolui.
Sempre adiante, subindo sempre, cada vez mais difícil se torna o seu caminho para se ligar à vida mais elevada.
Todos nós que vivemos na terceira mentalidade, portanto tudo o que é vida, que você cruzará na sua viagem, encontra-se no terceiro grau de sintonização cósmica.
Toda a vida que se encontra no cosmo tem, por conseguinte, uma sintonização própria, e aquela sintonização é amor, força de amor que o ser sente e possui.
A primeira mentalidade é, ao mesmo tempo, a mais baixa; ali a vida está num estágio inicial de desenvolvimento.
A vida que ali existe não tem uma duração prolongada e morrerá cedo, para retornar ou transitar a uma outra sintonização, mais elevada.
Esta é a segunda mentalidade.
A primeira mentalidade é, portanto, a situação original da vida.
A partir daí começa o ciclo da alma.
Logo, a segunda sintonização é uma mentalidade mais elevada; o homem ou a vida que reina ali, transita para entrar no terceiro grau de desenvolvimento.
Que é a Terra.
A vida na Terra lhe é conhecida, porque você vive lá.
Ao mesmo tempo, deve estar claro que a Terra, ou melhor, o nível humano, não pode e nem mudará, antes que todas as sintonizações mais profundas, isto é, a vida que vive nela e dentro da primeira e da segunda mentalidade será transitada à terceira: a Terra.
Portanto, a Terra é habitada por seres pré-animalescos, o que significa, como eu já disse, o ciclo da alma.
Na quarta mentalidade a vida vive centenas de anos e, quando morrer, viverá aqui, na esfera onde nós nos encontramos neste momento, onde você vive, vê e sente, mas que para nós é invisível, porque nós não possuímos essa força de sentimento.
Estas situações e verdades também lhes são esclarecidas pelo seu líder.
Na quinta mentalidade a vida dura mil anos ou mais, para depois transitar e mais tarde seguir o seu plano de evolução.
Então ainda restam a sexta e sétima mentalidade.
A sexta é aquela mentalidade onde a vida é ainda mais velha, para depois ser absorvida na esfera de Cristo.
Portanto os que na Terra julgam estar com Ele no Paraíso, se vão dececionar, porque não possuem a sua sintonização nem a vão alcançar em milhares de anos.
Mas deixa de ser um consolo para eles: onde quer que nós nos encontremos, se quisermos, somos e permanecemos ligados a Ele, mesmo quando ainda estamos longe da sua situação.
Em tudo e com tudo vivemos com Ele, porque Cristo é o filho perfeito e através Dele conhecemos Deus.
Por isso a nossa vida é a Sua vida e a Sua vida deverá ser a nossa.
Através Dele, como lhe disse, conhecemos Deus.
Podemos receber o seu amor indispensável através de Cristo.
A sétima mentalidade é aquele planeta onde o Homem, quando largar o seu corpo, transitará ao Todo.
Então, ao mesmo tempo, deverá estar claro que, quando o homem segue na sua evolução, o seu corpo será diferente, o seu sentimento mais bonito e mais desenvolvido e possuirá um amor maior e mais puro.
Desde a quarta mentalidade a vida tem um outro nome e ouve as suas sintonizações cósmicas.
Portanto, tudo que pertence à Terra fica na Terra; tudo mudará ali, quando a vida entrar numa outra sintonização mais elevada.
Tão certo que você está vivo, bem como o homem, o planeta Terra toma um lugar no Universo, tão verdade é que ao mesmo tempo há outros corpos em que existe vida, mas numa sintonização inferior ou superior.
E toda esta vida é Deus, toda esta vida é amor, nada além de amor.
O Homem aguarda grande felicidade, quando transitar da Terra e entrar nesta vida.
Mas, ainda nos aguardam maiores profundidades de felicidade, que para nós não há como sondar; ainda precisaremos atravessar abismos mais profundos, para poder entrar na esfera de Cristo.
Todavia, este tempo virá, por mais longe que estiver de nós.
Você perceberá que, a luz que a sétima mentalidade irradia, liga e irradia todos os outros corpos, pelo que lhe será claro que o Mal está ligado ao Bem.
Mais uma vez, aqui vivemos nós, aqui vivem todas as outras mentalidades, aqui vive Cristo dentro de nós e connosco.
Você vê que todos os corpos descrevem a sua própria órbita, e isso não mudará, ou uma perturbação cósmica deveria impedir a sua órbita.
Poder-lhe-íamos esclarecer muito, porém, não é possível, porque há centenas de anos envolvidos e para os da Terra é incompreensível.
Porém, queremos limitar-nos a mostrar-lhes que a vida não termina com a vida terrena, mas que a vida segue o seu caminho, para concluir o seu ciclo até dentro do Todo.
Todos os mestres, que nos proporcionaram ligar vocês ao Universo, vivem na Sétima Esfera.
O génio que se sente ligado cosmicamente carrega uma força que nos possibilita projetar segundo a vida.
Portanto o Universo manifesta-se na vida, porque tudo o que encontra nas esferas da luz está vivo.
Na Terra ainda não conhecem estas forças e não chegarão ali nem em mil anos, a Terra teria que estar alterada para uma Sétima Esfera em sintonização espiritual.
Porém, neste lado o espírito se liga com toda a vida, como observara agora há pouco.
Guarde tudo, meu jovem irmão, e conte na Terra que ali já está a vida eterna e o Homem pode adquirir sabedoria cósmica, se seguir o nosso caminho que é o caminho de amor.
Neste momento retornará à sua situação anterior que é a sua própria sintonização, porque durante esta manifestação você esteve ligado a nós.
Podemos convencer os que querem, se quiserem se curvar humildemente e deixar trabalhar em si o espírito santo.
Senão, não é possível, porque ainda não alcançaram uma esfera existencial.
Só nesta esfera é possível convencer o Homem desta verdade e contemplar esta vida eterna.
Da Segunda Esfera os homens são trazidos para cá e podem entrar aqui, depois de ter visitado a Terceira Esfera.
E tudo isso é para incentivar o Homem a procurar o mais elevado.
Agora entrego você ao seu líder e termino clamando-lhe: Diga ao Homem na Terra o que o aguarda neste lado; a vida eterna o aguarda, se quiser seguir o nosso caminho que Cristo nos indicou.”
O André voltou à sua própria situação e viu que se tornou mais claro, até que aceitou a sua situação anterior.
Uma grande milagre foi-lhe revelado na Terceira Esfera.
O cosmo apagava-se, a vida, que existia lá dentro, não era mais visível a ele.
A ligação se rompera.
O Alcar o olhou e sorriu.
“Nada além da vida, meu menino, somos apenas um átomo de tudo que Deus criou.
Tire força disso para a sua vida terrena.”
O Aloisius apareceu, apertou ambas as mãos de Alcar e o saudou em despedida.
O André agradeceu ao espírito por tudo.
Através dos pensamentos deixaram o edifício imponente para seguir o seu caminho.